José Boiteux

Nasceu no dia 9 de dezembro de 1865, em São Sebastião da Foz do Tijucas Grande/SC (hoje município de Tijucas).

Filho de Henrique Carlos Boiteux e de Maria Carolina Jacques Boiteux. Irmão de Adelaide Josefina, Alfredo Rafael, Maria Luísa, Etelvina Ambrosina, Eulália Isolina, Lucas Alexandre, Hipólito Boiteux e de Henrique Boiteux. Hipólito e Henrique também foram Deputados na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

José fez estudos primários com o professor belga Felix Vaes em sua cidade natal, a partir de 1872. Em 1875, mudou-se para Desterro/SC (atual Florianópolis), onde concluiu o curso de Humanidades.

Em 1884, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, frequentou até o segundo ano e não concluiu o curso. A partir de então, dedicou-se às atividades políticas lutando pela abolição da escravatura e pela instauração da República. Mais tarde, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, formado em 5 de janeiro de 1911.

Casou com Jocelina Jacques Boiteux, com quem teve os filhos: Henrique Jacques (Henrique Boiteux Sobrinho), Lucinda, João Jacques e Maria Carolina - todos Boiteux.

Após a Proclamação da República, em 1889, retornou à Santa Catarina e assumiu como Oficial de Gabinete do Governador Lauro Müller. Organizou a Seção de Estatística Comercial do Estado e retornou ao Rio de Janeiro, onde foi 1º Oficial da Secretaria do Interior e Estatística da Prefeitura Municipal.

De volta à Santa Catarina, elegeu-se Deputado ao Congresso Representativo do Estado (Assembleia Legislativa), participou de quatro Legislaturas, com a função de 1º Secretário da Mesa Diretora em todos os mandatos:

• 2ª Legislatura (1894-1895), Constituinte de 1895 e 1^o Secretário desta;
• 3ª Legislatura (1896-1897);
• 4ª Legislatura (1898-1900); 
• 10ª Legislatura (1916-1918), escolhido 1º Secretário da Mesa no ano de 1918, porém renunciou ao cargo e ao mandato.

Elegeu-se Deputado Federal, por Santa Catarina, e integrou a 25ª Legislatura (1900-1902).

No Executivo Estadual catarinense, foi Secretário Geral do Governo (de setembro de 1894 a junho de 1896) e Secretário do Interior e Justiça do Estado, nos períodos de:

• 28 de setembro de 1818 a 15 de dezembro de 1920;
• 21 de janeiro a 30 de dezembro de 1921;
• 27 de fevereiro a 10 de julho de 1922;
• 11 de agosto a 26 de setembro de 1922.

Dedicou-se ainda ao magistério, ao jornalismo e à literatura, deixou três obras publicadas: A imprensa catarinense (1911), Arcaz de um barriga-verde (1933) e Rui Barbosa (1930).

Contribuiu ativamente no campo cultural e são resultados de suas ações, a estátua de Fernando Machado e os bustos de Cruz e Souza, Anita Garibaldi, Jerônimo Francisco Coelho e Victor Meirelles, além de placas em alguns locais históricos de Florianópolis informando sobre a história catarinense.

José Boiteux foi cofundador do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC) - seu idealizador, em 1896, o Instituto Politécnico de Santa Catarina (1917), a Faculdade de Direito de Santa Catarina (1932) e a Academia Brasileira de Letras, em 1920.

Nomeado Juiz de Direito e Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, tomou posse no dia 12 de julho de 1922.

Faleceu em 8 de janeiro de 1934, em Florianópolis/SC.

Homenagens

• Município José Boiteux , no Vale do Itajaí, Santa Catarina.
• Escola Estadual de Educação Básica José Artur Boiteux, Estreito, Florianópolis/SC, fundada em 15 de fevereiro de 1935.
• Casa José Boiteux, Centro, Florianópolis/SC.
• Rua José Boiteux, Bairro Vila Nova, Blumenau/SC.
• Rua José Boiteux, Centro de Florianópolis/SC.
• Rua José Boiteux, Bairro Glória, Joinville/SC.
• Sessão Especial da Assembleia Legislativa catarinense, em 6 de outubro de 2015, em comemoração ao Sesquicentenário (150 anos) de José Artur Boiteux, com o lançamento de selo personalizado e o carimbo comemorativo do homenageado.