MARQUES,
Paulo
*dep. fed. PR 1975-1982.
Paulo Davi da Costa
Marques nasceu em Florianópolis
no dia 26 de março de 1933, filho de Isidoro Marques e de Guiomar da Costa
Marques.
Proprietário rural,
ingressou na vida política no pleito de outubro de 1950, quando foi eleito
deputado estadual em Santa Catarina na legenda do Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB). Permaneceu na Assembleia catarinense de fevereiro de 1951 a
janeiro de 1955. Posteriormente, transferiu-se para Cascavel (PR), onde se
elegeu vereador e assumiu o mandato em 1964. Com a extinção dos partidos
políticos pelo Ato Institucional nº 5 (27/10/1965) e a posterior instauração do
bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de
oposição ao regime militar instalado no país em abril de 1964, deixando a
Câmara Municipal de Cascavel em 1968.
No ano seguinte, diplomou-se em inglês pela Universidade de
Michigan, nos Estados Unidos, licenciando-se em 1969 em letras pela Faculdade
de Filosofia de Ponta Grossa (PR).
Retornou
à política em 1972, iniciando novo mandato de vereador em Cascavel. Em 1973,
afastou-se do cargo para assumir a Secretaria de Educação do município, à
frente da qual permaneceu até 1974. No pleito de novembro desse ano, elegeu-se
deputado federal pelo Paraná na legenda do MDB. Após ocupar sua cadeira em
fevereiro de 1975, participou dos trabalhos da Comissão de Relações Exteriores
e foi suplente da Comissão de Educação da Câmara. Em novembro de 1978,
reelegeu-se na mesma legenda, passando a integrar, como membro efetivo, a
Comissão de Educação e Cultura da Câmara. Com a extinção do bipartidarismo, em
novembro de 1979, e a consequente reformulação partidária, filiou-se ao Partido
do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Nas eleições de novembro de 1982,
reelegeu-se à Câmara dos Deputados pelo Paraná na legenda peemedebista.
Empossado
em fevereiro de 1983, na sessão da Câmara dos Deputados de 25 de abril de 1984,
votou a favor da emenda Dante de Oliveira, que propunha o restabelecimento das
eleições diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como a
emenda não obteve o número de votos necessários para a sua aprovação — faltaram
22 para que o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação do Senado —, a
eleição do presidente, mais uma vez, aconteceu de forma indireta.
Na disputa no Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985,
Paulo Marques votou em Tancredo Neves, candidato da Aliança Democrática — uma
coligação entre o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e a
dissidência do Partido Democrático Social (PDS) abrigada na Frente Liberal.
Tancredo Neves derrotou o candidato do PDS e do regime militar, Paulo Maluf. No
entanto, apesar de eleito, ele não chegou a ser empossado na presidência por
motivo de saúde, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Assumiu o vice José
Sarney, que vinha exercendo interinamente o cargo desde 15 de março desse ano.
Paulo
Marques deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1987, após ter tentado a reeleição,
sem êxito, em novembro do ano anterior.
Entre 1987 e 1988, no governo de Álvaro Dias (1987-1991), foi
chefe do escritório de representação do Paraná no Distrito Federal. Ainda em
1988, passou a dirigir o Instituto de Previdência do Estado do Paraná,
permanecendo no cargo até meados de 1989. Na metade final deste último ano,
presidiu a comissão de licitação da Secretaria estadual de Saúde. Entre 1990 e
1995, foi diretor-geral da Imprensa Oficial do Estado do Paraná.
A
partir de 1995, sua atuação política limitou-se à participação nos diretórios
peemedebistas estadual do Paraná e municipal de Cascavel (PR). Paralelamente,
tornou-se pecuarista nos municípios de Castro (PR) e Cascavel. Embora não tenha
se candidatado mais a cargos eletivos, continuou suas atividades partidárias na
região de Cascavel e foi presidente do diretório municipal do PMDB entre 2000 e
2005. No pleito de outubro de 2008, foi um dos líderes de uma dissidência do
PMDB de Cascavel que apoiou a candidatura do prefeito eleito Edgar Bueno para a
prefeitura da cidade.
Casou-se com Sueli Lopes Marques, com quem teve cinco filhos.
FONTES:
CABRAL, O. Breve; CÂM.
DEP. Deputados; CÂM.
DEP. Deputados brasileiros. Repertório
(1975-1979); Globo
(26/4/84, 16/1/85); INF. BIOG.; NÉRI, S. 16;
Perfil (1980);
TRIB. SUP. ELEIT. Dados
(2).