PAULO AFONSO DE FREITAS MELRO

Ajuda
Busca

Acervos
Tipo
Verbete

Detalhes

Nome: MELRO, Paulo
Nome Completo: PAULO AFONSO DE FREITAS MELRO

Tipo: BIOGRAFICO


Texto Completo:
MELRO, PAULO

MELRO, Paulo

*dep. fed. SC 1983-1987.

Paulo Afonso de Freitas Melro nasceu em Blumenau (SC) no dia 7 de março de 1928, filho de Luís de Freitas Melro e de Elsa Schnaider de Freitas Melro.

Fez o curso primário no Colégio Santo Antônio, em sua cidade natal, e o ginasial no Colégio Catarinense, em Florianópolis, e no Colégio Bom Jesus, em Joinville (SC). Em seguida, transferiu-se para Itajubá (MG), onde fez o curso científico no Colégio Itajubá, e o curso de engenharia na Escola Federal de Engenharia, então Instituto Eletrotécnico de Itajubá. Diplomou-se engenheiro mecânico-eletricista em 1952.

De volta a Santa Catarina ainda em 1952, ingressou em dezembro na Empresa Força e Luz de Santa Catarina, onde viria a chefiar o departamento de distribuição. Em 1961, exerceu a presidência da Comissão de Energia Elétrica de Santa Catarina, tendo coordenado o planejamento energético estadual, inclusive o de eletrificação rural. Ainda em 1961 tornou-se membro da Comissão de Planejamento, Controle e Orçamento do estado de Santa Catarina e do conselho consultivo do Departamento de Engenharia de Obras de Saneamento, e conselheiro econômico do Conselho Estadual de Telecomunicações, entidades sediadas na capital estadual. Tornou-se membro também do conselho consultivo da Sociedade Termelétrica do Capivari, em Tubarão (SC), e representante do governo catarinense na Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai, que funcionava em São Paulo. Todas essas atividades foram desenvolvidas até 1967.

De julho desse ano até fevereiro de 1979, esteve à frente da Superintendência do Desenvolvimento da Região Sul (Sudesul), órgão de desenvolvimento regional vinculado ao Ministério do Interior e sediado em Porto Alegre. Por força desse cargo, integrou a Comissão Nacional da Bacia do Prata, foi membro da delegação brasileira às II, III, VIII e IX reuniões de Chanceleres dos Países da Bacia do Prata, realizadas, respectivamente em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em 1968; em Brasília, em 1969 e 1976, e em Assunção, no Paraguai, em 1977. Nesse período, foi também membro da delegação brasileira à III Reunião da Comissão Técnica ad hoc para o projeto de integração energética, realizada em abril de 1972 em Buenos Aires.

Entre 1979 e 1982, durante o governo do general João Figueiredo (1979-1985), presidiu a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Em novembro de 1982, elegeu-se deputado federal por Santa Catarina na legenda do Partido Democrático Social (PDS), de apoio ao governo. Empossado em março de 1983, tornou-se, em seguida, membro titular da Comissão de Minas e Energia e suplente da Comissão de Trabalho e Legislação Social. Em 25 de abril de 1984, votou a favor da emenda Dante de Oliveira, quepropunha o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como a emenda não obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação — faltaram 22 para que o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação do Senado Federal —, no Colégio Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, votou no candidato oposicionista Tancredo Neves, lançado pela Aliança Democrática, união do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal. Tancredo derrotou o candidato do regime militar, Paulo Maluf, mas, por motivo de doença, não chegou a ser empossado na presidência, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto foi o vice José Sarney, que desde 15 de março já vinha exercendo interinamente o cargo.

Ainda em março de 1985, foi eleito primeiro-vice-presidente da Comissão de Minas e Energia. Membro efetivo da Comissão de Finanças e suplente da de Transportes, foi coordenador da bancada do Partido da Frente Liberal (PFL) na Câmara dos Deputados. Integrou a comissão mista do Congresso encarregada de analisar o I Plano de Desenvolvimento da Nova República (I PND-NR). Foi ainda membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que discutiu a política nacional de mineração no tocante à concessão de alvarás para a extração e a comercialização de minerais estratégicos.

Concorreu à reeleição em novembro de 1986 e obteve uma suplência. Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1987, ao final da legislatura. Em junho seguinte, tornou-se presidente das Centrais Elétricas do Sul do Brasil (Eletrosul), empresa subsidiária da holding federal Eletrobrás. Ao deixar o cargo, em maio de 1989, retirou-se para a vida privada.

Ao longo de sua trajetória, pertenceu a diversas associações técnico-profissionais, entre as quais o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) da 10ª Região (Florianópolis), à Associação Catarinense de Engenheiros, à Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul, à Associação dos Engenheiros do Vale do Itajaí (Blumenau) e à Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem, no Rio de Janeiro.

Foi casado com Araci Moellman de Freitas Melro, com quem teve cinco filhos. Viúvo, casou-se com Elisiana Haverrot.

Rejane Araújo

FONTES: CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1983-1987); CURRIC. BIOG.; INF. BIOG.

 

Para enviar uma colaboração ou guardar este conteúdo em suas pesquisas clique aqui para fazer o login.

CPDOC | FGV • Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil
Praia de Botafogo, 190, Rio de Janeiro - RJ - 22253-900 • Tels. (21) 3799.5676 / 3799.5677
Horário da sala de consulta: de segunda a sexta, de 9h às 16h30
© Copyright Fundação Getulio Vargas 2009. Todos os direitos reservados