FRITSCH,
José
*dep. fed. SC
1995-1996; min. Sec. Especial de Aquicultura e Pesca 2003-2006.
José Fritsch nasceu
em Ipumirim (SC) no dia 6 de agosto de 1954, filho de Vilibaldo Fritsch e de
Ereda Ludwig Fritsch.
Em
1973, ingressou no curso de estudos sociais da Fundação Universitária do
Desenvolvimento do Oeste (Fundeste), concluindo-o em 1976. Dois anos antes,
tornou-se professor do Colégio Bom Pastor, em Chapecó (SC), onde permaneceu até
1977. Nesse mesmo ano, fez curso de teologia no Instituto Teológico de Santa
Catarina (Itesc). Em 1979, tornou-se assessor da Comissão Pastoral da Terra da
Diocese de Chapecó. Participou da Comissão de Justiça e Paz na defesa dos
presos políticos da Operação Barriga Verde, denominação dada à atuação dos
órgãos de repressão catarinenses durante o regime militar, que consistiu na
perseguição e prisão de membros de organizações de esquerda que se opunham ao
referido regime.
No exercício dessas funções, foi dirigente do Movimento de
Oposição Sindical dos Trabalhadores Rurais, organizador do movimento dos
futuros atingidos pelas barragens do rio Uruguai (1981-1982) e do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) de Santa Catarina, participando
diretamente da primeira ocupação ocorrida no estado, na fazenda Burro Branco, em Campo Erê. Ainda em 1982, foi um dos coordenadores do congresso de fundação do MST.
Em 1983, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT),
tornando-se nesse mesmo ano membro do diretório da agremiação em Chapecó, cargo
que ocuparia até 1985. Também em 1983, participou do congresso de fundação da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), realizado em São Paulo. Membro do diretório estadual do PT catarinense a partir de 1985, participou, nesse
mesmo ano, da grande mobilização de 2.500 famílias sem-terra, na ocupação de 25
de maio, em Abelardo Luz e São Miguel do Oeste (SC).
Candidato a deputado federal na legenda do PT em novembro de
1986, obteve 31 mil votos que, contudo, não foram suficientes para assegurar
uma cadeira na Câmara dos Deputados, em decorrência da falta de coeficiente
eleitoral do partido. Foi chefe de gabinete da prefeitura de Campo Erê entre
1989 e 1991, tornando-se no último ano presidente do PT de Santa Catarina,
função que desempenhou até 1994.
Em outubro de 1994, elegeu-se deputado federal na legenda do
PT, sendo a maioria de seus votos proveniente de suas bases eleitorais no oeste
e extremo oeste do estado. Assumiu o mandato em fevereiro do ano seguinte,
tornando-se, ainda em 1995, primeiro-vice-presidente da Comissão de Agricultura
e Política Rural, e titular nas comissões especiais concernentes à concessão e
distribuição de gás canalizado e na que fixou o número de deputados por estado
(1995-1997).
Nas votações das emendas constitucionais propostas pelo
governo Fernando Henrique Cardoso em 1995, seguindo a orientação do PT,
obstruiu a votação da quebra do monopólio dos estados na distribuição de gás
canalizado, votou contra a mudança no conceito de empresa nacional, a quebra do
monopólio estatal das telecomunicações e a prorrogação do Fundo Social de
Emergência (FSE), rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que
permitia ao governo gastar 20% da arrecadação de impostos sem que as verbas
ficassem obrigatoriamente vinculadas aos setores de saúde e educação.
Pronunciou-se igualmente contra a quebra dos monopólios das embarcações
nacionais, na navegação de cabotagem, e da Petrobras, na exploração de
petróleo. Ainda esse ano, divulgou no Congresso Nacional uma lista contendo os
nomes dos 50 maiores devedores em linhas de crédito rural do Banco do Brasil.
Em junho de 1996, votou contra a criação da Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) — que substituiu o Imposto
Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF) —, imposto de 0,2% sobre
transações bancárias criado como fonte complementar de recursos para a saúde.
No pleito municipal de outubro, elegeu-se prefeito de Chapecó. Ainda em 1996,
foi autor do Projeto de Lei nº 1.457/96, que instituiu a Lei de Proteção dos
Cultivares.
Tomou posse na prefeitura em 1º de janeiro de 1997. Sua vaga
na Câmara foi ocupada por Dércio Knopp, do Partido Democrático Trabalhista
(PDT).
Em outubro de 2000, reelegeu-se prefeito de Chapecó, sempre
pelo PT. Entretanto, em 2002, renunciou ao cargo a fim de concorrer
ao governo do estado de Santa Catarina, mas não foi eleito.
Em
janeiro de 2003, foi convidado pelo presidente da República, Luís Inácio Lula
da Silva (2003-), do PT, para assumir a Secretaria Especial de Aquicultura e
Pesca, função com status de ministério. Deixou o cargo em março de 2006 a fim de desincompatibilizar-se e apresentar novamente sua candidatura ao governo catarinense
em outubro daquele ano.
No pleito, terminou o primeiro turno na terceira colocação,
tendo sido derrotado por
Luís Henrique da Silveira e Esperidião Amin, que passaram para o segundo turno.
Nessa etapa eleitoral, apoiou a candidatura de Luís Henrique da Silveira, que
foi reeleito.
Em 2008, concorreu novamente à prefeitura de Chapecó,
perdendo para João Rodrigues, do Democratas (DEM). Passou, então, a trabalhar como
conselheiro do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Casou-se com Ivone Klock Fritsch, com quem teve quatro
filhos.
Equipe (2001)/Bruno
Marques (2009)
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1995-1999 suplemento); Folha de S. Paulo (31/1
e 11/11/95, 14/1/96, 7/2/97 e 29/9/98); INF. BIOG.;
<http://ww1.alesc.sc.gov.br/deputados/curriculum.php?id=4626&matricula=13095>.
Acesso
em: 25 de out. de 09; <www.claudiohumberto.com.br/colunas_anteriores/index.php?ano=2008&dia=23&mes=7>.
Acesso em: 25 de out. de 09; <http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1153805-EI6681,00-Coligacao+de+Jose+Fritsch+faz+bandeiraco+em+SC.html>.
Acesso em: 25 de out. de 09; <http://g1.globo.com/Noticias/Eleicoes/0,,AA1251165-6307-274,00.html>.
Acesso em: 25 de out. de 09; <http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,AA1292804-5601,00.html>.
Acesso em: 25 de out. de 09; <www.clicrbs.com.br/eleicoes2008/jsp/default.jspx?uf=1&local=1&action=noticias&id=2011917§ion=Not%EDcias>.
Acesso em: 25 de out. de 09.