Antônio Saturnino de Sousa e Oliveira

Nasceu em 1809, em Niterói/RJ. Filho do Coronel de Engenheiros Aureliano de Souza e Oliveira e de Francisca Flávia Proença Coutinho. Seu pai prestou serviços nas fortificações da costa fluminense e, em Santa Catarina, foi Governador de Armas da Província, responsável pelas fortalezas, colaborando militarmente com o governo imperial. Seus irmãos fizeram os estudos preparatórios no Rio de Janeiro/RJ, completaram formação superior em Portugal e tiveram proeminência nacional1. A suposição é de que Antônio também tenha iniciado a formação militar no Brasil.

Mudou para Lages/SC, em 1842. Casou com Clara Maria de Souza e tiveram três filhos: Aureliano, Manoel Saturnino e Antônio Saturnino, todos "de Souza e Oliveira". A esposa era filha de Anna Maria de Lima e do Tenente-Coronel Manoel Rodrigues de Souza, que trabalhou na Guarda Nacional e foi chefe do Partido Conservador em Lages.

Antônio recebeu a patente de Major do 4º Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional de Lages, em 1842. Em 1843, foi responsável pela Conservação da Estrada Vacaria - Lages, e Delegado do Termo de Lages. Em 1848, encarregado pela Presidência da Província, respondeu pela Conservação da Estrada de Vacaria - Lages - São Paulo. Em 1º de janeiro de 1851 passou a 2º Tenente de 1ª Linha, e nessa divisa foi reformado. Designado 2º Suplente de Juiz Municipal de Lages (1854) e Comandante Militar da Vila de Lages (1858).

Além das funções militares e administrativas, dedicou-se à pecuária e à política.

Foi Vereador na Câmara de Lages, de 1847 a 1853, Presidente da Casa em 1849. Assumiu novamente a vereança em 1872.  

Pelo Partido Conservador, foi Deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina para a 8ª Legislatura (1850-1851), licenciou-se em 1851, e para a 11ª Legislatura (1856-1857), como suplente convocado, mas não compareceu às sessões legislativas.

Faleceu em 25 de fevereiro de 1877, em Lages/SC.