Engenheiro militar, professor, historiador, romancista, teatrólogo, biógrafo, etnólogo, memorialista e músico, natural do Rio de Janeiro/RJ. Deputado Geral pelas Províncias de Goiás e Santa Catarina, Senador representando os catarinenses e Presidente do Paraná e de Santa Catarina, século XIX.
Nome completo Alfredo Maria Adriano D' Escragnolle Taunay |
Filiação Felix Emile Taunay e Gabrielle Herminie de Robert d’Escrangolle |
Nascimento 22/02/1843 |
Local de nascimento Rio de Janeiro/RJ |
Falecimento 25/01/1899 |
Local de falecimento Rio de Janeiro/RJ |
Formação Letras, Ciências Matemáticas e Engenharia Militar |
Profissão Engenheiro militar, professor, historiador, romancista, teatrólogo, biógrafo, etnólogo e memorialista |
Partido Partido Conservador |
Nasceu em 22 de fevereiro de 1843, no Rio de Janeiro/RJ. Filho de Felix Emile Taunay e Gabrielle Herminie de Robert d’Escrangolle. Casou com Cristina Teixeira Leite (Viscondessa de Taunay), e tiveram os filhos: Afonso, Raul, Ana Alice e Gabriela.
Alfredo nasceu em família aristocrática e de artistas renomados pelos Impérios do Brasil e da França.
Seu avô, Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), nasceu em Paris e se mudou para o Rio de Janeiro no final do império de Napoleão Bonaparte, integrando a Missão Artística Francesa (1816). Pensionista de Dom João VI, professor e patrono da cadeira de paisagismo da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, que passou a se denominar Academia Imperial de Belas Artes (AIBA).
Seu pai, Felix Emile Taunay (1795-1881), nasceu em Montmorency, na França, e transferiu-se para o Brasil acompanhado de seu pai. Com a volta de Nicolas para a França, Felix assumiu a cadeira de paisagismo na AIBA e foi seu Diretor.
Alfredo estudou no Colégio Pedro II, onde se formou em Letras, no ano de 1858. Tornou-se Alferes-Aluno em 1862 e, no ano seguinte, formou-se em Ciências Matemáticas. Em 1864 foi promovido a 2º Tenente do Exército Imperial, atuando no 4º Batalhão de Artilharia. Iniciou o curso de Engenharia Militar, em 1865, interrompido porque foi convocado para servir na Guerra do Paraguai (1864-1870), integrando a Comissão de Engenheiros.
Depois de permanecer três anos na Expedição de Mato Grosso, inspirado na experiência em campo, começou a produzir suas obras, escreveu seu primeiro livro - Cenas de Viagem (1868).
No ano de 1869, a convite do Comandante Chefe das forças brasileiras no Paraguai, Conde d’Eu, Taunay passou a ser Secretário do Estado-Maior e redator do Diário do Exército.
Ao final da Guerra, foi promovido a Capitão, finalizou o curso de Engenharia Militar e começou a lecionar as matérias de: História, Línguas, Mineralogia, Biologia e Botânica.
Em 1872, pelo Partido Conservador, candidatou-se ao cargo de Deputado Geral (atual Deputado Federal) pela Província de Goiás, sendo eleito à Câmara dos Deputados, para a 15ª Legislatura (1872-1875). Em 1875, reelegeu-se Deputado Geral e integrou a 16ª Legislatura (1877-1878), e recebeu a promoção de Major.
Por ordem imperial, foi nomeado Presidente da Província de Santa Catarina, em 26 de abril de 1876, permaneceu na função de 7 de junho de 1876 até 2 de janeiro de 1877. Durante seu governo, inaugurou o Monumento aos Heróis Catarinenses da Guerra do Paraguai, na Praça XV de Novembro, em Desterro/SC (hoje Florianópolis). Transmitiu o cargo para Hermínio Francisco do Espírito Santo, seu interino - que transmitiu para José Bento de Araújo, novo Presidente nomeado.
Após passar dois anos estudando na Europa, elegeu-se Deputado Geral por Santa Catarina, em 1881, pelo mesmo Partido, e tomou posse à 18ª Legislatura (1882-1884). No Parlamento defendeu o casamento civil, a imigração, a libertação gradual dos escravos e a naturalização automática de estrangeiros.
Em 1885, assumiu como Presidente da Província do Paraná, permanecendo no cargo até 1886. No período presidiu a Sociedade Central de Imigração - que possibilitou a chegada dos primeiros imigrantes alemães e italianos no Sul do Brasil.
Nomeado diretamente pelo Imperador Dom Pedro II, exerceu as funções de Senador por Santa Catarina, na vaga de Jesuíno Lamego da Costa, participante da 20ª Legislatura (1886-1889), com destacada influência na abolição da escravatura.
Conservador e monarquista, após a Proclamação da República (15 de novembro de 1889), não atuou mais na política brasileira.
Dedicou-se à música, à pintura e às letras. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ocupante da Cadeira número 13) e da Academia Brasileira de Música.
Faleceu em 25 de janeiro de 1899, no Rio de Janeiro.
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