Manoel Soares de Coimbra

Nasceu no Rio de Janeiro/RJ e foi batizado na Igreja da Candelária em 23 de março de 1739.

Filho de Manoel Soares Coimbra (nobre português, natural do bispado de Coimbra) e de Barbara Corrêa de Sá (descendente do tronco dos Corrêa de Sá Benevides).

Em 16 de março de 1770, casou com Aniceta da Conceição Zuzarte Pinto, com quem teve filhos, entre eles: Manuel Soares Coimbra, Capitão, casado com Ana Maria de Oliveira; Maria Joaquina da Conceição Coimbra, casada com José da Gama Lobo Coelho d'Eça, militar e membro da Junta Governativa de Santa Catarina (1800); e Joaquim Soares Coimbra, que chegou a Brigadeiro, foi Deputado Provincial na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e Comandante de Regimentos, no século XIX.

Coimbra assentou praça no Regimento de Artilharia de 1^a Linha em 9 de janeiro de 1751. Em 1754, recebeu a promoção de Praça, ano em que embarcou na fragata Nossa Senhora da Piedade, com destino a Lisboa, Portugal, tendo retornado em 22 de fevereiro do ano seguinte. 

Ainda em 1755, partiu para o Uruguai nas Missões do Exército Português, para reprimir os índios e jesuítas rebelados - que resistiam e reagiam às determinações do acordo de colonização ibérica - e atuou na Cia. dos Granadeiros do Sul do Brasil e na batalha de destruição dos Sete Povos das Missões em 1756. De volta ao Rio de Janeiro, foi promovido a Alferes.

Recebeu promoção de Capitão e assumiu uma das Companhias do Batalhão da Ilha de Santa Catarina, em 1772, designado pelo Vice-Rei. No ano seguinte, passou a Capitão de Granadeiros, com a tarefa de formar, disciplinar e comandar as companhias de milícias em Laguna/SC, além de dar suporte ao Exército nas missões do Sul, como armazenamento de alimentos e armas.

Elevado a Major do 1º Regimento de Infantaria do Rio de Janeiro, deixou Laguna e foi ao encontro do seu novo regimento que estava em batalha no Rio Grande de São Pedro (hoje Rio Grande do Sul/RS). 

Em 1774, chegou a Coronel, servindo no Regimento riograndense.

Comandou o Regimento da Infantaria de Linha da Ilha de Santa Catarina (a partir de 1785) e foi nomeado Governador da Capitania de Santa Catarina, exercendo funções de 17 de janeiro de 1791 a 8 de julho de 1793. Transmitiu o cargo para João Alberto Miranda Ribeiro.

Em sua administração, a Capitania "perdeu vantagens agrícolas e comerciais que seus dois antecessores haviam alcançado" (Diccionario Geographico, Historico e Descriptivo do Imperio do Brazil, 1845, p. 475) e lançou a pedra fundamental do Quartel do Regimento de Infantaria de Linha, no ‘’Campo do Manejo’’, em Desterro (16/05/1791), fatos que resultaram em sua demissão de Governador (08/07/1793), devassa na administração, prisão (desde 01/08/1793) e o sequestro de seus bens. 

Em 1800, foi a Lisboa, Portugal, para provar a inocência. Depois de tudo esclarecido, assumiu o Comando do Regimento de Infantaria de Linha catarinense, sendo graduado Brigadeiro (12/12/1801).

Faleceu em 19 de novembro de 1807, em Desterro/SC.

Condecoração

Hábito da Ordem de São Bento de Aviz, em 1801.

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