Antônio Lara da Fontoura Palmeiro

Nasceu em 3 de março de 1858, em Porto Alegre/RS. Filho de Luís José da Fontoura Palmeiro e de Maria Bernardino dos Santos Lara.

Na terra natal, estudou no Colégio Fernando Gomes e bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo/SP, em 5 de novembro de 1879.

Antônio foi jornalista no periódico Academia de São Paulo e redator do jornal A República, em 1876, órgão do Clube Republicano Acadêmico, ambos em São Paulo. Mais tarde, atuou em jornais da Província do Rio Grande do Sul.

Em 1877, casou com Gabriela Augusto Ribeiro de Faria, com quem teve os filhos Oscar, Joaquim e Luiza, todos “de Faria Palmeiro”. Seu sogro, Joaquim Francisco de Faria, foi advogado, Juiz de Direito, Procurador e Ministro do Supremo Tribunal Federal, entre outras funções exercidas.

Integrou a maçonaria, estreou como orador na loja maçônica “7 de Setembro”.

Em Porto Alegre, dirigiu e redigiu o jornal Reforma, neste publicou diversos artigos em apoio à abolição da escravatura; trabalhou no Jornal do Comércio; integrou o Centro Abolicionista da cidade, fundado em setembro de 1883; e iniciou a criação do Hipódromo Porto Alegrense (1880), localizado no atual bairro Menino Deus, com Augusto Eiras e Pedro Jobim Ferreira Porto.

Ainda em Porto Alegre, desempenhou as funções de Advogado e de Promotor Público (nomeado em 13 de novembro de 1881).

Foi Secretário do Diretório do Partido Liberal. Eleito Deputado à Assembleia Legislativa Provincial do Rio Grande do Sul para o período de 1883-1884, tomou posse e integrou a Mesa Diretora como 1º Secretário (1883-1884).

Realizou uma conferência abolicionista em Viamão/RS, a 21 de agosto de 1884, data em que foram assinadas as cartas de alforria dos últimos escravos, sendo o município declarado livre da escravidão.

Mudou-se para Desterro/SC (hoje Florianópolis), onde abriu um escritório de advocacia e foi redator-chefe do jornal A Regeneração.

Nomeado por carta imperial, assumiu como Presidente da Província de Santa Catarina e exerceu as funções por pouco tempo: de 28 de junho a 29 de setembro de 1885. Transmitiu o cargo para Francisco José da Rocha.

Faleceu em 30 de abril de 1886, em Porto Alegre/RS, vítima de pneumonia. 

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