Advogado, jornalista e teatrólogo, natural de Tubarão/SC, Secretário do Interior e Justiça, Secretário da Fazenda e Obras Públicas, Deputado Estadual no Parlamento Catarinense, início do século XX.
Nome completo Joe Luís Martins Collaço |
Filiação João Luís Collaço e Elisa Georgina Nunes Barreto Collaço |
Nascimento 21/10/1889 |
Local de nascimento Tubarão/SC |
Falecimento 12/09/1951 |
Local de falecimento Rio de Janeiro/RJ |
Formação Direito |
Profissão Advogado, jornalista e teatrólogo |
Partido Partido Republicano Catarinense (PRC) |
Nasceu em 21 de outubro de 1889, em Tubarão/SC. Filho de Elisa Georgina Nunes Barreto Collaço e de João Luís Collaço. Seu pai, militar, foi Deputado Estadual na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e Prefeito de Tubarão.
Além do pai, teve outros parentes envolvidos na política catarinense: Pedro Luís Collaço, seu tio, e Volney Collaço foram Deputados Estaduais. Além deles, Luís Martins Collaço e Pedro Teixeira Collaço foram Prefeitos de Tubarão.
Joe estudou no Colégio das Irmãs e no Ginásio Tubaronense, na terra natal. O curso preparatório fez no antigo Ginásio Catarinense, hoje denominado Colégio Catarinense, em Florianópolis/SC. Cursou Medicina, no Rio de Janeiro/RJ, mas abandonou para ingressar no jornalismo, trabalhando na Gazeta de Notícias. Formou-se Bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1922, pertenceu à turma chamada de “Centenário”.
Casou com Carmem Maria Ferreira da Luz e tiveram o filho Hercílio da Luz Collaço. Sua esposa era filha de Hercílio Luz, que foi Governador de Santa Catarina por três vezes e Senador da República pelo mesmo Estado.
Foi Oficial do Gabinete do Governador Felipe Schmidt, de 1914 a 1918, Secretário do Interior e Justiça no governo de Hercílio Luz, seu sogro, de 1922 a 1923, e da Fazenda e Obras Públicas (1924).
Quando integrava o Governo de Hercílio Luz, foi enviado para intervir no conflito em Orleans, com o Capitão Ferreira, da Força Pública Estadual, conforme resumo de Zumblick (1974, p. 140):
Uma revolta armada de colonos de Orleans em 1923 contra as eleições fraudulentas que elegeram o superintendente municipal equivalente a Prefeito, atualmente Evaristo Nunes. Impostos, contribuições exageradas e as arbitrariedades que já vinham ocorrendo desde 1919, quando Galdino Guedes, eleito superintendente municipal, foi obrigado a renunciar após um ano de pressão do governador Hercílio Luz e seu genro Joe Collaço, cuja família controlava politicamente o município de Tubarão. Em 1923, colonos armados se dirigiram para a prefeitura e exigiram a renúncia do prefeito Evaristo Nunes e do delegado, sendo empossado pelos colonos como superintendente Galdino Guedes. O prefeito deposto telegrafou ao governador Hercílio Luz que, prontamente, enviou tropas para Orleans, sufocando a revolta. “Foram presos em massa mais de cem colonos, cercados num quadrado de policiais com carabinas embaladas. Um a um passaram pela palmatória” (Silva, 2006).
Pelo Partido Republicano Catarinense (PRC), elegeu-se Deputado Estadual à Assembleia Legislativa de Santa Catarina para três mandatos, nas seguintes Legislaturas: 10ª Legislatura (1916-1918); 11ª Legislatura (1919-1921) e 12ª Legislatura (1922-1924). Nesse último mandato foi 1º Secretário da Mesa Diretora da Casa, do início até 1923, quando renunciou.
Foi colaborador dos jornais florianopolitanos: O Estado, a partir de 1915, e A Verdade, de 1921 em diante.
Com outros, fundou a Academia Catarinense de Letras, tendo sido empossado na Cadeira no 21, escreveu Teatro Pequeno, publicado em 1932, e integrou o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.
Depois advogou na capital federal, mudou-se para Curitiba/PR e, em seguida, para o Rio de Janeiro.
Faleceu em 12 de setembro de 1951, no Rio de Janeiro/RJ.
Rua Joe Collaço, Bairro Santa Mônica, em Florianópolis/SC.
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Memória Política de Santa Catarina (2023)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2023)