Engenheiro, jornalista e militar, natural de Desterro/SC, Governador interino, Deputado Provincial, Constituinte de 1891 e Deputado Estadual no Parlamento Catarinense, final do século XIX e início do século XX.
Nome completo Polidoro Olavo São Thiago |
Filiação Peregrino Servita de São Tiago e de Maria Augusta de São Tiago |
Nascimento 29/07/1852 |
Local de nascimento Desterro/SC |
Falecimento 07/05/1916 |
Local de falecimento Laguna/SC |
Formação Engenharia Civil, jornalismo e militar |
Profissão Engenheiro, jornalista e militar |
Partido Partido Conservador e Partido Republicano Catarinense |
Nasceu em 29 de julho de 1852, em Desterro/SC (atual Florianópolis). Filho de Peregrino Servita de São Tiago e de Maria Augusta de São Tiago. Casou com Francelina Dias da Cruz.
Formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ, a primeira instituição de ensino superior no Brasil, fundada em 1792.
Como profissional, acompanhou várias obras no país. Em Santa Catarina, fiscalizou a Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina, em 1886. Participou de estudos e da construção da estrada carroçável da Serra do Rio do Rastro, por solicitação do Governador Hercílio Luz, em vista da necessidade antiga de ligar o litoral ao planalto catarinense. Por sua iniciativa, instalou as primeiras linhas de bondes em Desterro, eram movidos por tração animal (burros), colocados em funcionamento em 6 de novembro de 1880, mas operaram por pouco tempo.
Com conhecimento da experiência de Juiz Comissário das Minas de Carvão de Tubarão e Araranguá, em 1890, realizou estudos e mapeamento das minas de carvão mineral, divulgando no Rio de Janeiro o potencial energético e atraindo investidores para o Estado.
Em Laguna, chefiou a Comissão de Terras, em 1890, responsável pelo assentamento dos colonos italianos no sul catarinense, e a de Obras e Melhoramentos da Barra. Posteriormente, em 1904, foi administrador do Porto.
No dia 20 de abril de 1890, fundou a Casa de Assistência aos Necessitados na Federação Espírita Brasileira - FEB, consolidada após 1895, por Bezerra de Menezes. Iniciou seu irmão, Joaquim Antônio São Tiago, patrono da Academia Catarinense de Letras e pioneiro do Espiritismo, na doutrina espírita. Incentivou a criação dos primeiros centros espíritas (São Francisco e Laguna), no Estado catarinense.
Homem letrado, sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, colaborou ativamente com o jornal O Albor, de Laguna, e patrono da Cadeira número 37, da Academia Catarinense de Letras.
Pelo Partido Conservador, foi eleito Deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, para a 22ª Legislatura (1878-1879), mas foi depurado (não teve seu diploma validado e não exerceu mandato).
Na época republicana, pelo Partido Republicano Catarinense, eleito Deputado, com 7.388 votos, assumiu como Constituinte Estadual de 1891, em Santa Catarina, participando da 1ª Legislatura (1891). Nesta legislatura, atuou com seu irmão, Joaquim Antônio de São Tiago.
Tenente-Coronel honorário do Exército Brasileiro, esteve em operações de campanha em 1893, ao lado do oficial do Exército, Arthur Oscar.
Vice na chapa de Hercílio Luz, candidato a Governador de Santa Catarina, foram eleitos os dois engenheiros, para mandato de 1894 a 1898, na primeira eleição direta para comandar o Estado. Polidoro assumiu interinamente, entre 7 de dezembro de 1894 a 6 de janeiro de 1895, em substituição do titular. Entre os diversos progressos da administração, está a reforma educacional no Estado, sob a responsabilidade de Polidoro.
Novamente eleito para mais dois mandatos na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina: tomou posse à 5ª Legislatura (1901-1903) e na 10ª Legislatura (1916-1918), não assumiu, pois faleceu.
Entre essas duas legislaturas, foi Conselheiro Municipal de Laguna, em 1914.
Faleceu no dia 7 de maio de 1916, em Laguna/SC.
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