Advogado, natural de Criciúma/SC, Deputado Estadual no Parlamento Catarinense, século XX.
Nome completo Roberto João Motta |
Filiação João Paulo Motta e Maria Borges Motta |
Nascimento 23/03/1947 |
Local de nascimento Criciúma/SC |
Falecimento 29/03/1999 |
Formação Direito |
Profissão Advogado |
Partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e Partido Comunista Brasileiro (PCB) |
Nasceu em 23 de março de 1947, em Criciúma/SC. Filho de João Paulo Motta e de Maria Borges Motta. Seu pai era operário nas minas de carvão da região. Casou com Maria Rita Bessa Motta, com quem teve Carlos Eduardo, Rafael e um adotivo.
Na terra natal, estudou nos Grupos Escolares Professor Lapagesse e Humberto de Campos, o secundário, atual ensino médio, fez no Ginásio Madre Teresa Michel, e o técnico realizou na Escola Técnica de Comércio.
Cursou Direito na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 1972. Durante a graduação, participou do movimento estudantil, foi Secretário do Centro Acadêmico XI de Fevereiro e participou efetivamente dos Congressos da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Catarinense de Estudantes (UCE).
Exerceu a advocacia de 1972 até 1982.
Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Santa Catarina, foi um dos 42 presos políticos na Operação Barriga Verde, no ano de 1975, durante a ditadura militar. Conforme Rosa (2014), “depois de interrogados e torturados em dependências do Exército, da Polícia Federal e das polícias Civil e Militar, em Florianópolis e Curitiba, parte deles ficou na Colônia Penal de Canasvieiras, desativada entre 1979 e 1980”.
Chegou à Colônia muito debilitado por causa das torturas físicas e psicológicas, sendo transferido para o Instituto Psiquiátrico São José, em julho de 1976. Nessa instituição iniciou greve de fome, que durou uns vinte dias. Seu protesto teve repercussão nacional e internacional, seu nome apareceu em jornais franceses e nos boletins da anistia internacional. Na Universidade de São Paulo (USP), estudantes prestaram ato em solidariedade a Motta. Em 1978 foi condenado e libertado com base na Lei de Anistia, em 1979.
Presidiu o Instituto Pedroso Horta, em 1979, e o Diretório Municipal do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Florianópolis/SC.
Pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), foi candidato a uma das vagas de Deputado Estadual à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, eleito com 22.790 votos, tomou posse à 10ª Legislatura (1983-1987), e foi Líder de sua bancada por dois anos.
Em 1986, disputou a reeleição de Deputado Estadual, pelo mesmo partido, com 9.709 votos recebidos obteve uma suplência, mas não foi convocado.
Juiz do Trabalho aprovado em concurso, exerceu o cargo em Criciúma, Tubarão, Videira e outros municípios. Posteriormente, assumiu como Juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Faleceu em 29 de março de 1999.
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