Francisco de Paulicéia Marques de Carvalho

Nasceu em 7 de setembro de 1826, em Franca/SP. Filho de Francisco de Paula Marques e Maria Joaquina de Jesus.

Casou duas vezes: a primeira, com Maria Cândida de Oliveira e Paiva de Carvalho, com quem teve filhos; e a segunda, com Maria das Dores, não tiveram descendência.

A primeira esposa, Maria Cândida, era filha de Manoel de Oliveira Gomes e de Guiomar Inácia da Silva Pereira e irmã do Padre Joaquim Gomes de Oliveira e Paiva, que foi Deputado na Assembleia Legislativa catarinense, por onze vezes.

Francisco matriculou-se na Academia Militar do Rio de Janeiro/RJ e assentou praça na 1ª Linha do Exército.

Mudou para a Província de Santa Catarina, já era Cadete e serviu no Batalhão de Depósito, em Desterro/SC (atual Florianópolis). Depois, em São Miguel/SC, foi professor público de primeiras letras (equivalente ao primário).

Francisco dedicou-se ainda a carreira jornalística, publicou poesias, contos, artigos e traduções em diversos periódicos de Desterro, muitas das produções ofereceu ao Imperador D. Pedro II.

Como militar recebeu as promoções de: Alferes (1º de dezembro de 1856), exercendo no 1º Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional; Capitão (5 de outubro de 1858), atuando como Secretário-Geral do 2º Comando da Guarda Nacional do Desterro, em São José e São Miguel, todas em Santa Catarina; e Major (26 de setembro de 1867), sendo Ajudante de Ordens do Comando Superior da Guarda Nacional do Desterro.

Sócio efetivo da “Arcádia Brasílica”, membro da Associação Catarinense Promotora do Comércio, Agricultura e Artes, além de membro honorário da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional.

Foi Deputado na Assembleia Legislativa Provincial catarinense, eleito pelo Partido Conservador, com 155 votos, participou da 17ª Legislatura (1868-1869), e integrou a Comissão de Justiça Civil e Criminal que emitiu quatro pareceres. No ano de 1869, Francisco abriu mão dos vencimentos de Deputado.

Primeiro Diretor da Biblioteca Pública da Província de Santa Catarina, fundada em 1854. 

Faleceu em 26 de novembro de 1891, em Desterro/SC.

Periódicos em que publicou

• A Revelação, em 1852 e 1853.
• Correio Catarinense, de 1852 a 1854.
• O Mensageiro, de 1855 a 1857.
• O Argos da Província de Santa Catarina, de 1856 a 1861.
• Correio Oficial de Santa Catarina, em 1860 e 1861.
• O Mercantil, de 1861 a 1869.
• O Despertador, de 1863 a 1885.
• A Regeneração, de 1869 a 1889.
• O Cacique, em 1870.
• O Constitucional, em 1870 e 1871.
• O Conservador, de 1871 a 1880.
• Jornal do Comércio, de 1880 a 1894.
• Matraca, em 1881.
• Província, em 1882.
• Correio da Tarde, em 1884.
• Júpiter, de 1885 a 1887.
• Manhã, em 1886.
• O Crepúsculo, de 1887 a 1889.
• O Mosquito, em 1888 e 1889.
• Gazeta do Sul, em 1890 e 1891.