Historiadora, natural de Florianópolis/SC, Deputada Federal representando os catarinenses, século XX.
Nome completo Lígia Moellmann Doutel de Andrade |
Gênero Feminino |
Filiação Ana Elisa Ribeiro Moellmann e José da Costa Moellmann |
Nascimento 28/09/1934 |
Local de nascimento Florianópolis/SC |
Formação História |
Profissão Historiadora |
Partido Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e Partido Democrático Trabalhista (PDT) |
Nasceu em 28 de setembro de 1934, em Florianópolis/SC. Filha de Ana Elisa Ribeiro Moellmann e de José da Costa Moellmann. Seu pai foi engenheiro, Prefeito de Florianópolis e Secretário da Fazenda de Santa Catarina.
Lígia realizou parte dos estudos primários na terra natal, concluindo-os no Colégio Benett, no Rio de Janeiro/RJ, onde se bacharelou em História pela Pontifícia Universidade Católica (PUC).
Casou com Armindo Marcílio Doutel de Andrade, com quem teve filhos. Seu esposo, advogado, jornalista e construtor civil, foi Deputado Federal por Santa Catarina e pelo Rio de Janeiro, Vice-Governador de Santa Catarina, primeiro eleito do Partido Trabalhista Brasileiro catarinense à Câmara dos Deputados e teve mandato cassado no período da ditadura militar.
Com apoio do marido, candidatou-se a uma das vagas de Deputada Federal por Santa Catarina, pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em 1966, eleita com 43.495 votos - a mais votada do seu partido, tomou posse em 2 de fevereiro de 1967 e integrou a 43ª Legislatura (1967-1970). Na Câmara participou das seguintes Comissões:
No Congresso Nacional participou da Comissão Mista: PL 2/68, que acrescenta itens ao art. 165 do DL 200/67, no ano de 1968.
Em 1969, teve o mandato de Deputada Federal cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos, com base no art. 4 do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, expedido pelo Decreto de 30 de setembro de 1969, publicado no D.O. de 01/10/1969, pp. 8.271/8.272.
Mesmo sem mandato, continuou sua militância política na década de 1970, participou do Movimento Feminino pela Anistia - que alcançou seu objetivo em agosto de 1979, com a promulgação da Lei da Anistia Política.
Em 1980, foi uma das fundadoras do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e do Movimento de Mulheres do PDT, em 1981.
Em 1982, disputou eleição de Governadora de Santa Catarina, pelo PDT, recebeu 4.572 votos e não se elegeu. Foi a primeira mulher do partido a candidatar-se a tal posto.
Representou o seu partido na Internacional Socialista de Mulheres, ocorrida em 1988, e exerceu por dois anos seguidos o cargo de Vice-Presidente para a região Brasil-Paraguai.
No Rio de Janeiro, presidiu o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM), de 1991 a 1994, na gestão do Governador Leonel Brizola, e no governo de Anthony Garotinho (1999-2002).
Em 2012, em sessão solene, a Câmara dos Deputados fez a devolução simbólica aos 173 parlamentares que tiveram mandatos cassados pela ditadura militar, entre eles, Lígia e Doutel.
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Memória Política de Santa Catarina (2023)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2023)