Militar, natural de Desterro/SC, Deputado Estadual no Congresso Representativo de Santa Catarina, século XIX.
Filiação José Becker e Maria Joaquina da Silva |
Nascimento 29/04/1864 |
Local de nascimento Desterro/SC |
Ano falecimento 1894 |
Local de falecimento Desterro/SC |
Formação Militar |
Profissão Militar |
Partido Partido Liberal e Partido Republicano Federalista (PRF) |
Nasceu em 29 de abril de 1864, em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis/SC). Filho de José Becker e de Maria Joaquina da Silva.
Ingressou no Exército em 1881, na terra natal. Concluiu estudos na Escola Militar, seguiu carreira no Exército e obteve as seguintes promoções: 2º Cadete (1889), 2º Tenente (1889), 1º Tenente (1890) e Capitão (1892).
Em 1893, licenciou-se do serviço militar para assumir vaga de Deputado Estadual no Congresso Representativo de Santa Catarina (Assembleia Legislativa) na 1ª Legislatura (1892-1893). Inicialmente, assumiu como suplente convocado, posteriormente como eleito pelo Partido Republicano Federalista (PRF), em eleição suplementar realizada em 09/04/1893. No período, integrou as Comissões Permanentes de:
Ao tempo dessa legislatura, acontecia a Revolução Federalista (conflito de caráter político, ocorrido no Rio Grande do Sul entre os anos de 1893 e 1895, que desencadeou uma revolta armada e atingiu também o Paraná e Santa Catarina), que criticava a centralização do poder na recém-proclamada República, entre outras razões.
Tobias foi declarado desertor por defender o Federalismo e se opor ao Governo de Marechal Floriano Peixoto. Desterro, nessa época, foi sede da república independente formada por um Governo Revolucionário provisório composto pelos três Estados do Sul do país e a Marinha Brasileira, que também se rebelava contra o despotismo.
O plano do governo era prender, fuzilar ou enforcar os insurgentes, contrários ao governo federal. Assim, a perseguição e o confronto sangrento aconteceram. Tobias foi preso em São Francisco (atual São Francisco do Sul/SC), quando se dirigia ao Rio de Janeiro, depois enviado para a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim (ilha próxima à Capital catarinense) e fuzilado em abril de 1894, por ordem de Moreira César - Coronel, Interventor Federal em Santa Catarina, nomeado por Floriano Peixoto.
Centenas de pessoas (militares e civis) foram mortas na Fortaleza. Depois desse massacre, Desterro foi rebatizada com o nome de Florianópolis, em homenagem a Floriano Peixoto, e muitas ruas tiveram seus nomes mudados, por determinação de Moreira César.
No ano de 1934, os restos mortais dos fuzilados na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, foram transladados de Florianópolis para o Rio de Janeiro.
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