Militar, natural do Maranhão/MA. Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, século XIX.
Nome completo Aires da Serra Carneiro Souto Maior |
Filiação Fernando Antônio Carneiro Homem de Souto Maior e Antônia Senhorinha da Serra Freire |
Local de nascimento Maranhão |
Formação Militar |
Profissão Militar |
Partido Partido Conservador |
Nasceu no Maranhão/MA. Filho de Fernando Antônio Carneiro Homem de Souto Maior e de Antônia Senhorinha da Serra Freire. Era proveniente de famílias1 ricas e influentes do nordeste do Brasil.
Seu avô, Ayres Carneiro Homem de Souto Maior, foi Alferes, Sargento-mor e chegou a Coronel de Milícias, Cavaleiro da Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, em Portugal, e veio ao Brasil para ser Mestre de Campo e administrar a sesmaria que recebeu como dote ao casar com Maria Joaquina Belfort. A sesmaria originou o município de Cantanhede no Maranhão.
Foi casado com Ana Leopoldina Silva e consta que tiveram filhos.
Aires seguiu os passos de alguns antepassados e ingressou na carreira militar, alcançou o posto de Alferes, em Minas Gerais/MG. Pediu licença para residir em Santa Catarina/SC, em 1846, e abandonou a carreira militar em 1847.
Durante seu mandato na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, na 7ª Legislatura (1848-1849), participou da Comissão de Estatística e Divisão Civil e Judiciária, encarregada da criação das “freguesias” (os menores distritos urbanos durante o Império) e da elevação destas à categoria de Vila. Era responsável ainda pela divisão territorial de outras unidades político-administrativas, judiciárias e eclesiásticas, entre outras atividades. (PIAZZA, 1984. p. 139).
Tentou a reeleição para o biênio de 1850-1851, obteve apenas cinco votos e ficou suplente, mas não foi convocado.
1 Sua tia, Luzia Perpétua Carneiro de Souto Maior, foi casada com Luís Carlos Pereira de Abreu Bacelar, conhecido como “Luís Carlos da Serra Negra” ou “Coronel Luís Carlos”, temido líder político e militar do Brasil-Colônia que participou do processo de desmembramento da Província do Piauí, parte da Capitania do Maranhão em 1811, era dono de uma das principais fazendas de escravos do século XVIII. O casarão de Serra Negra ainda hoje é alvo de histórias assombradas que narram a crueldade do Coronel com escravos revoltosos e inimigos. O segundo marido de Luzia Perpétua foi D. José Tomaz de Menezes, Conde de Cavaleiros, descendente da realeza, era filho do Governador do Maranhão.
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