Professor, militar, Marechal, natural de São José/SC. Deputado na Assembleia Geral Legislativa do Império e na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, século XIX.
Filiação José Maria da Luz e Clara Francisca da Costa Luz |
Nascimento 29/10/1839 |
Local de nascimento São José/SC |
Falecimento 21/01/1906 |
Local de falecimento Rio de Janeiro/RJ |
Formação Militar, Bacharel em Matemática e Engenheiro Militar |
Profissão Professor e Militar |
Partido Partido Conservador e Partido Progressista |
Nasceu em 29 de outubro de 1839, em São José/SC. Filho do Almirante José Maria da Luz e de Clara Francisca da Costa Luz. Seu pai foi comerciante, militar, líder do Partido Conservador e Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, por oito vezes, de 1848 a 1873.
Além do pai, Francisco teve outros parentes que exerceram funções políticas: João Pinto da Luz; José Pinto da Luz; Elesbão Pinto da Luz; Abelardo Luz; Hercílio Luz, Edmundo da Luz Pinto (seu neto), entre outros.
Francisco casou com Maria Bárbara de Moraes Âncora e tiveram quatro filhos, entre eles, Maria Isabel Âncora da Luz Pinto, casada com Edmundo Brügger Pinto, pais de Edmundo da Luz Pinto (Deputado na Assembleia Legislativa catarinense, de 1856-1861) e Maria Carolina Âncora da Luz, casada com Virgínio da Gama Lobo (Deputado Provincial em Santa Catarina, em 1874-1875. A esposa de Francisco era filha do engenheiro militar Firmino Herculano de Morais Âncora e de Francisca Ludovina de Gusmão Lobo, pais também do Marechal-de-Campo Aires Antônio de Morais Âncora.
Francisco realizou os estudos primários na terra natal. A formação superior obteve na Escola Militar do Rio de Janeiro/RJ, em 3 de dezembro de 1851, formou-se bacharel em matemática e diplomado Engenheiro Militar. Mais tarde, comandou a escola onde se formou e fez Doutorado em Matemática, pela antiga Academia Militar.
A carreira militar começou em 1846, quando assentou praça. Recebeu várias promoções durante a vida: 2º Tenente (20 de abril de 1849); 1º Tenente (18 de julho de 1852); Capitão (1856); Major (23 de maio de 1867); Tenente-Coronel de Engenharia (14 de julho de 1881); Coronel efetivo (3 de novembro de 1887); Coronel graduado (31 de outubro de 1885); General de Brigada do Exército e Marechal.
Serviu no Corpo de Engenheiros até novembro de 1865, depois na divisão de Arma e Corpo de Estado-Maior de Artilharia. Coordenou a implantação da Metalúrgica Nacional no interior de São Paulo/SP, cuidando da área técnica e financeira. Membro da Comissão encarregada de comprar artigos bélicos europeus, em 1872, e da Comissão de Melhoramentos do Exército, em 1871 e 1874. Foi Comandante-Geral de Arma da Artilharia do Exército Brasileiro e defendeu a Capital Federal, em fidelidade ao governo republicano, quando da Revolta da Armada, no Rio de Janeiro/RJ, em 1893.
Dirigiu o Laboratório Politécnico do Camponho (RJ). Foi professor da Escola de Aplicação do Exército, da antiga Escola Central do Rio de Janeiro, onde lecionou matemática, física e química, e Catedrático da Escola Superior de Guerra. Integrou a equipe de redatores da Revista da Comissão Técnica Militar, Rio de Janeiro, 1891-1892.
Candidatou-se a uma vaga para a Assembleia Geral Legislativa do Império (equivalente à Câmara dos Deputados), pelo Partido Conservador, ficou suplente e assumiu como Deputado em 17 de maio de 1861, integrando a 11ª Legislatura (1861-1863). Foi reeleito para a 15ª Legislatura (1872-1875) e 16ª Legislatura (1877-1878), empossado em 1º de fevereiro de 1877.
Ao ser deflagrada a Guerra do Paraguai (durou de dezembro de 1864 a março de 1870), Francisco foi convocado para assumir a Direção do Arsenal de Guerra, no Rio de Janeiro. Terminada a guerra retomou os trabalhos na Câmara e destacou-se na resolução do conflito sobre os limites territoriais entre as províncias do Paraná e de Santa Catarina.
Com 216 votos, foi eleito Deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina para compor a 21ª Legislatura (1876-1877). Porém, não tomou posse, preferiu assumir como Deputado na Câmara Legislativa do Império.
Candidato a Senador do Império, seu nome constava na lista tríplice, mas não foi escolhido pelo Imperador.
Reformado pelo Exército colaborou com o Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, assinando matérias com o pseudônimo M.R. (Marechal Reformado).
O Marechal Francisco Carlos da Luz é patrono da Cadeira no 11 da Academia Catarinense de Letras. Benemérito da Biblioteca Pública de Santa Catarina, pelas doações de livros que fez à instituição.
Faleceu em 21 de janeiro de 1906, no Rio de Janeiro/RJ. Foi sepultado com honras militares, sob o comando do General Hermes da Fonseca.
Audiencia. O Progressista: Jornal Politico, Literario, e Noticioso. Desterro, 29 mar. 1860. Noticiario, p.2-3, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTEyNA==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
Edital. O Correio Official: de Santa Catharina. Desterro, 7 mar. 1861. p.4, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTEwMQ==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
Eu seria o homem mais ingrato e detestável se pozesse embaraços a candidatura do Sr. seu Filho (O dr. Luz) . O Argos: da província de Santa Catharina. Cidade do Desterro, 13 mai. 1856. Communicado, p.3-4, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTE3MA==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
Governo da Província: Dia 14. O Correio Official: de Santa Catharina. Desterro, 24 out. 1860. Parte Official, p.1-4, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTA3OA==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
Nomeações. O Despertador. Desterro, 27 mai. 1864. Noticiario, p.2-4, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTIzOQ==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
Noticiário. A Regeneração: Jornal da Província de Santa Catharina. Desterro, 16 set. 1868. p.2-3, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTIxNg==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
Noticiário. Conservador. Desterro, 30 dez. 1887. p.2, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTI2Mg==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
Noticiário. República: Orgam Official. Desterro, 10 fev. 1890. p.1, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTE5Mw==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
Transcripção. A Verdade: Folha Conservadora. Laguna, 3 ago. 1879. Gazetilha, p.2-3, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTE0Nw==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SANTA CATARINA. Centro de Memória. Arquivos das Legislaturas: de 1835 a 2018.
BOITEUX, José; FONSECA, Thiago da. Almanach Catharinense: para 1896. Florianópolis: Typographia da República, 1896. 239 p. Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rODg4NQ==>. Acesso em: 31 mai. 2018.
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Centro de Documentação e Informação. Nominata de deputados brasileiros 15ª Legislatura: [Império]: 1872-1875. [Brasília], s.d. (folhas datilografadas).
CONTEÚDO ABERTO. IN: WIKIPÉDIA: A ENCICLOPÉDIA LIVRE. "Francisco Carlos da Luz". Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTAxOQ==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
CONTEÚDO ABERTO. IN: WIKIPÉDIA: A ENCICLOPÉDIA LIVRE. Academia Catarinense de Letras. Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rMjIwMw==>. Acesso em: 18 out. 2017.
COSTA, Jean Carlo de Carvalho; ANANIAS, Mauricéia; ARAÚJO, Rose Mary de Souza (Org.). TEMAS SOBRE A INSTRUÇÃO NO BRASIL IMPERIAL (1822-1889). João Pessoa - PB: Marca de Fantasia, 2014. 437 p. Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTI4Ng==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
EEB MARECHAL LUZ. “Escola de Educação Básica Marechal Francisco Carlos da Luz”. Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTA1OA==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
FORTALEZAS.ORG. "Forte Marechal Luz". Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rOTA0NQ==>. Acesso em: 2 jun. 2018.
MATOS, Felipe. Armazém da Província: Vida Literária e Sociabilidades Intelectuais em Florianópolis na Primeira República. 2014. 241 f. Tese (Doutorado) - Curso de História, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014. Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rNTYz>. Acesso em: 7 ago. 2017.
PIAZZA, Walter F. Dicionário Político Catarinense. Florianópolis: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1994. 714 p.
PIAZZA, Walter F. O Poder Legislativo Catarinense: das suas raízes aos nossos dias 1834-1984. Florianópolis: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1984. 584 p.
STOETERAU, Lígia de Oliveira. A Trajetória do Poder Legislativo Catarinense.. Florianópolis: IOESC, 2000. 446 p.
MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA. Biografia Francisco Carlos da Luz. 2022. Disponível em: <https://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/biografia/282-Francisco_Carlos_da_Luz>. Acesso em: 21 de novembro de 2024.
Memória Política de Santa Catarina (2022)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2022)