Delegado de Polícia, natural de Desterro/SC. Constituinte de 1892 e Deputado no Congresso Representativo de Santa Catarina (1892-1893). Um dos líderes catarinenses da Revolução Federalista (1893-1895), fuzilado na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim.
Nome completo Elesbão Pinto da Luz |
Filiação João Pinto da Luz e Maria Amália Luz |
Nascimento 20/10/1860 |
Local de nascimento Desterro/SC |
Falecimento 16/04/1894 |
Local de falecimento Desterro/SC |
Profissão Delegado de Polícia |
Partido Partido Liberal e Partido Republicano Federalista (PRF) |
Nasceu em 20 de outubro de 1860, em Desterro/SC (atual Florianópolis), em uma casa na Rua Augusta (hoje João Pinto, em homenagem ao seu pai).
Filho de João Pinto da Luz e Maria Amália Luz. Seu pai foi líder do Partido Conservador, comerciante, Deputado por quatro vezes na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina e Comendador. Seu avô, José Antônio da Luz, foi Sargento-Mor da Milícia de Santa Catarina e líder comunitário na ilha de Desterro.
Teve outros parentes em funções importantes: José Pinto da Luz (Almirante e Ministro da Marinha), José Maria da Luz, Abelardo Luz, Hercílio Luz, Edmundo da Luz Pinto, e Francisco Carlos da Luz (Marechal), entre outros.
Em 1875, foi eleito Vereador à Câmara de Desterro, o candidato mais votado, atuou na mesma legislatura com seu cunhado Félix Lourenço de Siqueira, que também exerceu mandato na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina. Os pais de Félix eram pais da segunda esposa do pai de Elesbão, João Pinto da Luz.
Aos 18 anos casou com Maria José da Luz, sua prima, irmã de Hercílio Luz (cunhado), que foi Governador de Santa Catarina. Mudaram para Brusque, depois para Blumenau, onde foi Escrivão, Tabelião, Delegado e Comissário de Polícia (década de 1890). Tiveram doze filhos(as), sete morreram cedo, entre os vivos, há registro de Alice, Argentina (viúva de José Manoel de Andrade), Elesbão e América.
Contrariando a tradição familiar conservadora, Elesbão filiou-se ao Partido Liberal. Após a Proclamação da República (15/11/1889), aderiu ao Partido Republicano Federalista (PRF) - pelo qual disputou eleições para Deputado ao Congresso Representativo de Santa Catarina (Assembleia Legislativa), eleito em 1891, com 3.148 votos, integrou a 1ª Legislatura (1892-1893) e foi Constituinte de 1892.
Ao tempo dessa legislatura, acontecia a Revolução Federalista (conflito de caráter político, ocorrido no Rio Grande do Sul entre os anos de 1893 e 1895, que desencadeou uma revolta armada e atingiu também o Paraná e Santa Catarina), que criticava a centralização do poder na recém-proclamada República, entre outras razões. Elesbão se destacou por chefiar o Partido Federalista em Blumenau e por ser um dos líderes do movimento em Santa Catarina, conduzindo as tropas revolucionárias, principalmente na região de Itajaí, contra seu irmão, o Almirante José Pinto da Luz, seu primo, e o Marechal Francisco Carlos da Luz, cumpridores das ordens de Floriano Peixoto, Presidente do Brasil, de “reprimir” a revolução no sul do país.
O plano era prender, fuzilar ou enforcar os insurgentes, contrários ao governo federal. Assim, a perseguição e o confronto sangrento aconteceram. Elesbão foi preso em Blumenau e transferido para Desterro, depois enviado para a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim (ilha próxima à Capital catarinense) e fuzilado em 16 de abril de 1894, por ordem de Moreira César, Interventor Federal em Santa Catarina, nomeado por Floriano Peixoto. Centenas de pessoas (militares e civis) foram mortas na Fortaleza. Depois desse massacre, Desterro foi rebatizada com o nome de Florianópolis, em homenagem a Floriano Peixoto, e muitas ruas tiveram seus nomes mudados, por determinação de Moreira César - Coronel.
Faleceu em 16 de abril de 1894, em Anhatomirim, Desterro/SC.
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