Francisco Pedro da Cunha Bittencourt

Nasceu em 1832, em Desterro/SC (hoje Florianópolis). Filho de José Pedro da Cunha Bittencourt e de Francisca Basília Cunha.

A formação inicial realizou na cidade natal e latim aprendeu com o Padre Joaquim Gomes de Oliveira e Paiva, conhecido como "Arcipreste Paiva".

Estudou no Seminário de São José, Rio de Janeiro/RJ, matriculado em 1853, com custeio da Província  catarinense.

Ordenado em dezembro de 1855, rezou a primeira missa a 2 de fevereiro de 1856, na Matriz do Desterro. Em Santa Catarina, foi Vigário nas paróquias de: Sant’Ana do Mirim (1858), Nossa Senhora das Necessidades e Santo Antônio, Ilha de Santa Catarina (1858-1865); São José (1866-1875); e  Santo Amaro do Cubatão (1878-1882).

Cônego honorário da Diocese de São Paulo, por ato do Imperador, de 26 de abril de 1879, e Cônego honorário da Capela Imperial.

Sócio correspondente da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e Major graduado do Exército.

Em Desterro escreveu para os jornais “A Revelação” e “Regeneração”, e publicou o livro “Oração em ação de graças pela feliz terminação da Guerra do Paraguai” (tiragem de 300 exemplares). Por sua contribuição, é patrono da Cadeira 12 da Academia Catarinense de Letras.

Orador admirável, foi escolhido para fazer oração na cerimônia fúnebre de Arcipreste Paiva, falecido em 1869, vigário da Matriz de Nossa Senhora do Desterro, que foi Deputado na Assembleia Legislativa Provincial por onze vezes, entre os anos de 1844 e 1869, que foi seu professor.

Cinco vezes Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, participou dos seguintes mandatos:

• 12ª Legislatura (1858-1859), escolhido Suplente de Secretário da Mesa Diretora (1858) e 2ª Secretário (1859);
• 15ª Legislatura (1864-1865), eleito com 148 votos;
• 16ª Legislatura (1866-1867), eleito com 128 votos;
• 17ª Legislatura (1868-1869), eleito com 165 votos, foi Suplente de Secretário da Assembleia (1868);
• 22ª Legislatura (1878-1879), eleito com 95 votos.

Faleceu em 10 de abril de 1898.

Embora fosse padre, consta que teve esposa (Gertrudes Emilia de Bittencourt) e filha (Maria Paula da Cunha Bittencourt).

Homenagem e condecoração

• Rua Francisco Pedro da Cunha, Roçado, São José/SC.
• Cavaleiro da Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo (1868).

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