Advogado, promotor, jornalista e militar, natural de Lages/SC, Deputado na Assembleia Legislativa Provincial, no Congresso Representativo e no Parlamento Catarinense, final do século XIX e início do século XX.
Filiação Maria de Córdova e de José Joaquim da Cunha Passos |
Ano nascimento 1863 |
Local de nascimento Lages/SC |
Falecimento 15/10/1941 |
Local de falecimento Campos Novos/SC |
Formação Advogado e Militar |
Profissão Advogado, promotor, jornalista e militar |
Partido Partido Liberal e Partido Republicano Federalista (PRF) |
Nasceu em 1863, em Lages/SC. Filho de Maria de Córdova e de José Joaquim da Cunha Passos. Seu pai, Tenente, exerceu em Lages os cargos de Suplente de Delegado, Juiz Municipal e Secretário da Câmara Municipal; integrou o Partido Liberal até o ano de 1881. Na terra natal José fez os estudos iniciais, tendo por professor Simplício dos Santos Sousa.
Como militar obteve a promoção de Tenente-Ajudante e Secretário, atuando no 4º Batalhão da Reserva da Guarda Nacional de Lages.
Em Lages foi: advogado, Promotor da Comarca (demitido em 26 de novembro de 1885); fundador e diretor do jornal O Escudo, em 1886; Secretário da Câmara Municipal (1882); Presidente do Partido Liberal; Superintendente Municipal (22/01/1892 a 07/07/1892).
Com 427 votos foi eleito Deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, para a 27ª Legislatura (1888-1889), tomou posse e integrou a Mesa Diretora, na função de 2º Secretário (1888).
Em 1891, fundou seção do Partido Federalista em Lages e concorreu à vaga de Deputado no Congresso Representativo catarinenese (Assembleia Legislativa). Foi eleito com 5.025 votos, pelo Partido Republicano Federalista (PRF), e integrou a 1ª Legislatura (1892-1893).
Passado alguns anos, candidatou-se novamente à Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina e, eleito com 8.549 votos, participou da 7ª Legislatura (1907-1909), empossado em 20 de setembro de 1907.
Em Lages, presidiu o Clube Literário e Recreativo, fundado por antigos membros do partido liberal, que durou de 1896 a 1903, e foi advogado de defesa no caso de assassinato ocorrido em 1º de maio de 1902, conforme relata Nunes:
“Assassinato do caixeiro viajante Ernesto Canozzi e seu empregado Olintho Pinto Centeno. Foram apontados como culpados por este crime os irmãos Thomaz e Domingos Brocato, dois jovens italianos que fugiram da Sicília, moraram em Buenos Aires e, também, no Rio Grande do Sul, antes de se estabelecerem em Lages (...) O advogado de defesa Córdova Passos abandonou o caso, isso poucos dias antes do julgamento. Assumiu a tarefa da defesa o professor Antonio Moritz de Carvalho” (NUNES, 2007, p. 128).
Para entender mais o caso, assista o filme: "Irmãos" Canozzi - A história que virou lenda, disponível em: http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rMjk5MjQ=
Mudou-se para Campos Novos/SC, onde foi Promotor Público da Comarca.
Faleceu a 15 de outubro de 1941, em Campos Novos/SC.
Documentos: Certidão. O Despertador. Desterro, 8 fev. 1882. n. 1971, p.3, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rMzAwODQ=>. Acesso em: 24 mai. 2017.
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Publicações a pedido: Lages, ¨de Abril de 1881. O Despertador. Desterro, 20 abr. 1881. n. 1887, p.4, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rMzAxNTY=>. Acesso em: 24 mai. 2017.
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Memória Política de Santa Catarina (2023)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2023)