Comerciante e militar, natural de Desterro/SC, duas vezes Conselheiro Geral da Província de Santa Catarina, século XIX.
Filiação Vicente Luís da Costa e Sebastiana Tereza de Jesus |
Ano nascimento 1763 |
Local de nascimento Desterro/SC |
Falecimento 08/04/1846 |
Local de falecimento Rio de Janeiro/RJ |
Formação Militar |
Profissão Militar e comerciante |
Nasceu em 1763, na Capitania de Desterro/SC (atual Florianópolis). Filho de Vicente Luís da Costa e Sebastiana Tereza de Jesus. O pai era natural de Paranaguá/PR e a mãe, da Ilha Terceira, Portugal.
Em 1779, casou com Anna Maria Francisca de Jesus e tiveram os filhos: Ana Maria de Jesus, Miguel Joaquim do Livramento, Rita Maria da Assunção, João Luís do Livramento, Maria Luísa, Francisco Luís do Livramento, Joaquim Luís do Livramento e Mariana. Três de seus descendentes homens ocuparam posições políticas na província. A esposa era filha de Tomás Francisco da Costa (natural da Ilha do Faial, Portugal) e de Mariana Jacinta de Victória de Farias.
Com formação militar, foi nomeado Capitão e Tenente-Coronel do Exército, em 1822. Também teve aulas de música com o professor Francisco de Souza Fagundes. José era organista e tocava em festas religiosas.
Integrou as Irmandades: de Nossa Senhora do Rosário (tesoureiro); do Senhor Jesus dos Passos (provedor de 1815-1816 e de 1821-1824); e do Divino Espírito Santo (provedor em 1784 e 1785).
Importante comerciante em Desterro, foi sócio, em 1783, da corveta Bom Piloto (navio de guerra), com seu sogro Tomás Francisco da Costa, seu cunhado Antônio José da Costa e João Marcos Vieira. Comerciou ainda no ramo de fazendas (casas comerciais) de secos e molhados (armazéns), na esquina das atuais ruas Trajano e Felipe Schmidt, em Florianópolis.
José Luís e Antônio José da Costa, eram donos de casas comerciais que mais importaram mercadorias de 1794 a 1796, aproximadamente 26:000:000 contos de réis, e estavam entre os maiores exportadores de farinha de mandioca da Ilha de Santa Catarina.
Em 5 de abril de 1810, José Luís comprou um terreno no centro de Desterro/Florianópolis (onde hoje está o Edifício Hoepcke), na esquina das ruas Conselheiro Mafra e Deodoro. Além de terra e comércios, possuía escravos. Em janeiro e fevereiro de 1811, perdeu quinze escravos, “mas é provável que tenham sido vitimados por alguma das moléstias que há algum tempo assolavam os ‘imigrantes’ negros que chegavam à Ilha de Santa Catarina”, ao total foram 33 escravos africanos, de posse de José Luís, enterrados em Desterro, entre 1803 e 1824 (Mamigonian e Cardoso, 2013, p.17).
Duas vezes elegeu-se com 29 votos para o Conselho Geral da Província de Santa Catarina e integrou a 1ª Legislatura (1824-1828) e a 2ª Legislatura (1829-1832).
Faleceu em 8 de abril de 1846, no Rio de Janeiro/RJ.
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