Advogado, pecuarista e industrial, natural de Lages/SC. Governador de Santa Catarina Senador representando os catarinenses, século XX.
Nome completo Celso de Oliveira Ramos |
Filiação Vidal Ramos e Thereza Fiuza Ramos |
Nascimento 18/12/1897 |
Local de nascimento Lages/SC |
Falecimento 01/04/1996 |
Local de falecimento Florianópolis/SC |
Formação Direito |
Profissão Advogado, pecuarista e industrial |
Partido Partido Social Democrático (PSD) e Aliança Renovadora Nacional (ARENA) |
Oriundo de família com grande influência na política catarinense, nasceu em 18 de dezembro de 1897, em Lages/SC. Filho de Thereza Fiuza Ramos e de Vidal Ramos, seu pai exerceu diversos cargos públicos: Superintendente de Lages por quase uma década, cargo hoje denominado de Prefeito; Deputado Provincial; Deputado Constituinte de 1891 e de 1895; Deputado Geral; Governador; Deputado Federal e Senador por Santa Catarina.
Teve treze irmãos, dos quais ocuparam funções públicas: Nereu Ramos, único catarinense Presidente da República do Brasil; Hugo Ramos; Mauro Ramos; Vidal Ramos Júnior e Joaquim Fiúza Ramos. Vários dos seus primos foram políticos: Cândido Ramos, Aristiliano Ramos e Saulo Ramos, entre outros familiares, como Aderbal Ramos.
Na terra natal, Celso fez os primeiros estudos no Colégio São José, o ensino secundário concluiu no Colégio Catarinense, em Florianópolis/SC. Ingressou no curso de Engenharia de Minas, na Escola de Minas de Ouro Preto/MG, interrompendo-o no terceiro ano, por motivos de saúde. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, no Estado paranaense.
Retornou para Lages, onde sua família era proprietária de grandes extensões de terra, foi pecuarista na fazenda Pinheiro Seco, em Coxilha Rica.
Casou com Edith Müller de Albuquerque Gama Ramos, com quem teve Maria Helena, Wilma, Thereza, Newton, Dóris e Celso Ramos Filho, que foi Deputado Constituinte de 1967, Deputado Estadual, Secretário de Estado da Viação e Obras Públicas no governo de seu pai e Conselheiro do Tribunal de Contas de Santa Catarina.
No ano de 1938, mudou-se para Florianópolis, desempenhou atividades na indústria e no comércio, fundou a empresa C. Ramos S.A., concessionária da linha de ônibus que ligava a ilha ao continente, e a Companhia Florestal de Santa Catarina.
Na capital catarinense, exerceu o cargo de Agente da Companhia de Navegação Costeira e presidiu o Avaí Futebol Clube, entre 1941 e 1946.
Esteve à frente da criação do Sindicato da Indústria de Extração de Madeiras de Santa Catarina, sendo Presidente da associação por vários anos. Em 1950, foi fundador e primeiro Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), comandou a instituição por cinco mandatos consecutivos, durante sua gestão foram organizadas as agências do Serviço Social da Indústria (SESI), em 1952, e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em 1954, além de idealizar e dirigir o I Seminário Socioeconômico de Santa Catarina, realizado no ano de 1960.
Em 16 de junho de 1958, Celso era vice-presidente estadual do Partido Social Democrático (PSD), quando faleceu seu irmão, Nereu Ramos, que presidia a legenda, vitimado por um desastre aéreo. Após a fatalidade, Celso assumiu o comando do partido.
Ainda em 1958, candidatou-se ao cargo de Senador por Santa Catarina, pelo PSD, recebeu 190.993 votos, ficou na segunda colocação da disputa.
Na eleição estadual de 1960, com 261.752 votos, elegeu-se Governador de Santa Catarina, pela coligação formada por PSD e Partido Democrata Cristão (PDC). Substituindo Heriberto Hülse, foi empossado em 31 de janeiro de 1961. Durante afastamento no Executivo, assumiu interinamente o governo o Presidente da Assembleia, Deputado Ivo Silveira, de 30 de junho a 31 de julho de 1963.
Seu governo foi marcado pela prioridade aos investimentos nos setores da agropecuária, educação e saúde, além da criação e instalação de diversas instituições, entre elas:
Em 31 de janeiro de 1966, encerrou o mandato no Governo catarinense, transmitindo-o para Ivo Silveira, eleito Governador do Estado. Candidatou-se a uma vaga ao Senado, foi eleito com 380.245 votos, pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), o mais votado entre os candidatos de Santa Catarina. Tomou posse e exerceu funções de Senador na 43ª Legislatura (1967-1970) e na 44ª Legislatura (1971-1974). No período, presidiu a Comissão de Transportes, Comunicações e Obras Públicas e integrou as Comissões de Finanças e de Serviço Público.
Após encerrar o mandato no Senado, voltou a se dedicar à pecuária, desta vez no interior da Ilha de Santa Catarina, na Fazenda Santa Tereza, onde criou gado das raças holandesas e pitangueiras.
Faleceu em 1º de abril de 1996, aos 98 anos, em Florianópolis/SC.
Assumiram os novos titulares das pastas de Viação e Educação: Orgão Independente e Noticioso. Correio Lageano. Lages, 20 jan. 1962. p.1, Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rNzc2MzY=>. Acesso em: 27 mar. 2019.
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Memória Política de Santa Catarina (2023)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2023)