Metalúrgico, atuante em Joinville/SC, Deputado Estadual Classista na Casa Legislativa, século XX.
Falecimento 10/07/1951 |
Local de falecimento Laguna/SC |
Profissão Metalúrgico |
Partido Classista |
Foi casado com Adelaide Jan e tiveram Zenir Janz Azzi.
Trabalhou na firma Otto Bennack & Cia (criada em 1893, que produzia equipamentos para uso industrial e formava profissionais), e foi membro do Sindicato dos Metalúrgicos, em Joinville/SC.
Paulo concorreu a Deputado Classista à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, (cargo instituído pela Constituição brasileira de 1934, com o objetivo de dar voz aos representantes de funcionários públicos, empregados e empregadores, eleitos por delegados sindicais de cada Estado e do Brasil), nas eleições de 21 de outubro de 1935.
O pleito ocorreu no Tribunal Regional de Justiça Eleitoral (TRJE), com a presença do desembargador e Presidente do Tribunal, Francisco Tavares da Cunha Melo Sobrinho, que havia sido duas vezes Deputado Estadual no Congresso Representativo de Santa Catarina (Assembleia Legislativa), e com a presença mínima de 20 Delegados-eleitores, como determinava a regra. Paulo foi eleito Deputado Classista, do Sindicato dos Metalúrgicos, de Joinville/SC, com 11 votos, e Emygidio Cardoso Júnior, seu Suplente, da ASSEMÉRCIO, eleito com 10 votos, entre outros que receberam votos, estavam Álvaro Soares Ventura e José Rodrigues Fonseca, que entraram com recurso no TRJE, mas sem sucesso.
Paulo Janz tomou posse à 1ª Legislatura (1935-1937), participou da Comissão de Saúde Pública e Assistência Social, e apoiou projetos de outros deputados referentes às questões dos trabalhadores.
Conforme o historiador Eduardo Teixeira Coelho, analisando a representação classista de Janz Júnior no Parlamento catarinense, nos anos de 1935 a 1937, que pretendia “ser um intermediário das classes com o governo” , segundo o próprio Deputado, o pesquisador concluiu que: “não identificamos qualquer participação em debates, na proposição de leis (dirigidas ou não aos trabalhadores) ou qualquer pronunciamento ou manifestação em plenário, fosse em discursos ou em apartes. Nas fontes que fazem referência as suas atividades na Assembleia, ele limitou-se apenas a subscrição de leis e pareceres” (COELHO, 2010). Coelho avalia, porém, que a Lei de Segurança Nacional pode ter silenciado o Deputado Janz.
Faleceu no dia 19 de julho de 1951, em Laguna/SC.
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COELHO, Eduardo Teixeira. Os Trabalhadores Catarinenses e a Experiência da Representação das Associações Profissionais nos anos 1930. 2010. 245 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010. Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rNzU3Mjg=>. Acesso em: 15 mar. 2019.
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DIAS, Maria Cristina. Metalúrgica Bennack tinha produção estratégica para a indústria – parte 1. Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rODczODU=>. Acesso em: 22 mai. 2019.
PIAZZA, Walter F. Dicionário Político Catarinense. Florianópolis: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1994. 714 p.
MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA. Biografia Paulo Janz Júnior. 2023. Disponível em: <https://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/biografia/1348-Paulo_Janz_Junior>. Acesso em: 21 de novembro de 2024.
Memória Política de Santa Catarina (2023)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2023)