Militar, fazendeiro e comerciante, natural de São Joaquim/SC. Prefeito de Curitibanos/SC, Deputado Constituinte de 1910 e Deputado Estadual no Parlamento Catarinense, início do século XX.
Nascimento 01/07/1864 |
Local de nascimento São Joaquim/SC |
Falecimento 27/12/1917 |
Local de falecimento Curitibanos/SC |
Formação Militar |
Profissão Militar, fazendeiro e comerciante |
Partido Partido Republicano Catarinense (PRC) |
Nasceu em 1º de julho de 1864, em São Joaquim/SC. Muito cedo mudou para Curitibanos/SC. Casou com Laurinda Ribeiro de Albuquerque, com quem teve os filhos: Euclides, Tiago, Elvira, Francisco, Iraci e Orival.
Trabalhou como caixeiro (balconista) para o Coronel Marcos Gonçalves Farias e mais tarde obteve sua própria casa comercial (Armazém), foi fazendeiro e proprietário do Jornal O Trabalho, situado à Rua Coronel Vidal Ramos.
Colaborou para criação do distrito de Canoinhas como parte do município de Curitibanos. Em 20 de fevereiro de 1890, foi nomeado Intendente da Vila de Curitibanos, pelo Governador de Santa Catarina.
Nomeado ajudante de Procurador da República, em 31 de janeiro de 1898, pelo presidente Prudente de Moraes.
Como militar recebeu os postos de: Tenente-Coronel e Comandante do 16º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional (por ato de 2 de março de 1898); e Comandante da 12ª Brigada de Cavalaria da Guarda Nacional (nomeado em 1906).
Foi eleito Superintendente de Curitibanos, cargo hoje equivalente a Prefeito, governou de 1907 a 1913. Em 1912, denunciou ao Governo do Estado o ajuntamento de fanáticos na localidade do Taquaruçú (hoje município de (Fraiburgo/SC), lá estavam desde 1909, por entender que representavam perigo à ordem pública. O Monge José Maria, seus líderes e seguidores fugiram para os Campos de Irani, onde houve confronto entre estes e a força pública paranaense, em 22 de outubro de 1912. O episódio foi o estopim para a Guerra do Contestado (1912-1916).
Em 1913, Gustavo Lebon Régis era Secretário Geral do Estado no governo de Vidal Ramos e combinou com militares o plano de ataque ao reduto dos fanáticos caboclos em Taquaruçú, que pretendiam permanecer com a posse das terras, lutando contra os fazendeiros, o governo e as empresas americanas - que além de fazer a ferrovia entre Rio Grande e São Paulo, exploravam a madeira e a erva-mate na região.
A Guerra deixou quase 10 mil mortos, entre revoltosos, soldados e moradores. Enquanto o governo lutava com “grande contingente de soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e aviões, nunca antes usados em uma ação bélica desta magnitude”, os sertanejos contavam com o “apoio dos monges - religiosos que peregrinavam pelo sertão pregando a palavra de Deus”.
A sede de Curitibanos foi incendiada (órgãos públicos e particulares) e atacada em setembro de 1915, mas Francisco já havia fugido com familiares para Blumenau/SC.
Foi eleito Deputado para o Congresso Representativo de Santa Catarina (Assembleia Legislativa) e participou das seguintes legislaturas:
Como parlamentar, foi favorável aos direitos catarinenses na questão dos limites de terra com o Estado do Paraná, defendendo-os nos jornais O Trabalho, de Curitibanos, e Palmense, em Palmas/PR.
Participou da 7ª, 8ª e 9ª Legislaturas com o Deputado Gustavo Lebon Régis, também Coronel e personagem na Guerra do Contestado, que teve seu acordo de divisas territoriais entre Paraná e Santa Catarina, assinado em 20 de outubro de 1916.
Faleceu no dia 27 de dezembro de 1917, em Curitibanos/SC. Assassinado por ordem do coronel Henrique Paes de Almeida, prefeito no mesmo município antes de Francisco e seu opositor político.
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