Militar e juiz, natural de Laguna/SC, Conselheiro Geral da Província e Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, século XIX.
Filiação Jerônimo Francisco Coelho e Joana Francisca do Nascimento |
Local de nascimento Laguna/SC |
Formação Militar |
Profissão Militar e Juiz |
Partido Partido Liberal |
Natural de Laguna/SC. Filho dos portugueses Jerônimo Francisco Coelho e de Joana Francisca do Nascimento, falecidos em 1812. O pai, Juiz Ordinário da Câmara de Laguna, obteve a patente de Capitão-Mor.
José era fazendeiro e residia na Vila de Laguna. Segundo dados do recolhimento da dízima dos prédios urbanos de Laguna, de 1839, possuía uma propriedade na Rua Direita (atual Rua Raulino Horn), outra na Rua da Praia (atual Rua Gustavo Richard), três na Rua do Império e outras duas na Rua da Figueira (Costa, 2006).
Em 1812, era Ajudante e passou a Juiz Ordinário da Câmara de Laguna, em 1821. Nomeado Capitão da 1ª Companhia do Terço de Ordenanças da Vila de Laguna, em 20 de dezembro de 1820; Major do mesmo Terço, em 22 de fevereiro de 1825, e Sargento-Mor de Ordenanças da Vila1.
Na eleição de 1º de agosto de 1824, para o Conselho Geral do Império do Brasil pela Província de Santa Catarina, obteve dois votos, sendo o décimo oitavo na ordem de votação.
Para a 1ª Legislatura (1824-1828), do Conselho Geral da Província de Santa Catarina, foi eleito com 25 votos, pelo Partido Liberal.
Pelo mesmo partido, elegeu-se Deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, para a 1ª Legislatura (1835-1837), tomou posse e, em 14 de abril de 1835, partiu para Laguna, deixando de participar das sessões legislativas.
Em 1836, assumiu como Juiz Suplente da Câmara de Laguna.
José Francisco Coelho teve vários irmãos: Joana Francisca ou Joana Francisca do Nascimento; Jerônimo Francisco Coelho (Padre); Mariana Francisca do Nascimento (teve um filho apadrinhado de José que recebeu o mesmo nome do tio); Maria Francisca; Manuel Francisco, João Francisco; Ana Francisca; Honório Francisco e Antônio Francisco, Juiz Ordinário, Capitão e pai do Brigadeiro Jerônimo Francisco Coelho.
Seu irmão, Jerônimo Francisco Coelho (Padre), foi Conselheiro Geral da Província de Santa Catarina à 1ª Legislatura (1824-1828). José enviou documento ao Presidente da Província apresentando as razões para o não comparecimento do vigário nas sessões do Conselho que, segundo ele, encontrava-se há dois anos sem fala. Faleceu em 7 de janeiro de 1830. José e o irmão foram Conselheiros na mesma Legislatura.
O Brigadeiro Jerônimo Francisco Coelho, seu sobrinho, foi Deputado na Assembleia Legislativa Provincial catarinense, entre 1835 e 1853; Deputado na Assembleia Geral do Império do Brasil por quatro mandatos (entre 1838 e 1860); Vice-Presidente da Província de Santa Catarina (1839); Ministro do Estado de Guerra (1844), interino da Marinha; Conselheiro de Estado; Presidente da Província e Comandante das Armas do Pará (1848-1850); Diretor da Fábrica de Pólvora de Estrela; Diretor da Escola de Aplicação do Exército; Presidente da Província do Rio Grande do Sul, em 1856; Vogal do Supremo Tribunal Militar; e membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. José e o sobrinho foram eleitos para comporem a 1a Legislatura (1835-1837) da Assembleia catarinense.
Avenida José Francisco Coelho, Forquilhas, São José/SC.
1 As ordenanças constituíram o escalão territorial das forças militares de Portugal, entre os século XIV e XIX.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SANTA CATARINA. Centro de Memória. Arquivos das Legislaturas: de 1835 a 2018.
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COSTA, Gustavo Marangoni. Entre Contrabando e Ambigüidades: Outros Aspectos da República Juliana Laguna/SC – 1836-1845. 2006. 167 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006. Disponível em: <http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/rMTQyMQ==>. Acesso em: 27 jul. 2017.
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Memória Política de Santa Catarina (2023)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2023)