Militar, natural de São Paulo/SP, Presidente das Províncias de Santa Catarina, Alagoas, Grão-Pará (atual Pará), e Espírito Santo, Deputado Geral na Assembleia do Império, por São Paulo e pelo Rio Grande do Sul, integrou a Junta Governativa riograndense de 1823, entre outras funções, Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, século XIX.
Filiação Francisco José Machado de Vasconcelos e de Ana Esmênia da Silva |
Nascimento 08/07/1792 |
Local de nascimento São Paulo/SP |
Falecimento 16/08/1867 |
Local de falecimento São Paulo/SP |
Formação Militar |
Profissão Militar |
Partido Partido Liberal (1830) Partido Conservador (1837) |
Nasceu em 8 de julho de 1792, em São Paulo/SP. Filho de Francisco José Machado de Vasconcelos e de Ana Esmenia da Silva. O pai era Tenente-Coronel e seu irmão, Joaquim José Machado, Tenente de Milícias.
Com um ano e meio de idade foi alistado no Exército na Legião de Voluntários Reais, na Capitania de São Paulo. Começou a servir efetivamente na tropa do Exército somente em 5 de dezembro de 1807, quando foi reconhecido Cadete. Tornou-se Alferes (em 1809) e Tenente (em 1811).
Serviu na Guerra contra Montevidéu e Buenos Aires em 1811 e 1812. Participou das Campanhas Militares do Sul (batalhas ocorridas entre 1816-1827), sendo escolhido pelo Exército como orador do pedido para que o príncipe regente D. Pedro permanecesse no Brasil.
Capitão graduado (em 13 de maio de 1813) e efetivo (em 29 de novembro de 1817). Major Graduado em dezembro de 1818, efetivado em 1o de março de 1820. Inspetor Militar do Trem do Rio Grande do Sul/RS, em 1818. Ajudante de Ordens do Governo da Capitania do Rio Grande de São Pedro (atual Rio Grande do Sul/RS), em 18 de agosto de 1820. Secretário Militar, em 12 de junho de 1826.
Casou com Leocádia Tomásia Câmara Lima e tiveram os filhos José Carlos Machado de Oliveira e Brasílio Augusto Machado de Oliveira1.
Empossado membro da Junta Governativa do Rio Grande do Sul em 29 de novembro de 1823, com a função de Secretário. Tenente-Coronel graduado em 12 de junho de 1826. Tenente-Coronel efetivo em 12 de outubro de 1827. Secretário do Exército do Sul.
Deputado à Assembleia Geral do Império, pela Província do Rio Grande do Sul, participou da 1ª Legislatura (1826-1829), como suplente; e por São Paulo, Deputado Geral à 6ª Legislatura (1845-1847).
Dirigiu o Comando das Armas da Província de Sergipe/SE, em 1830.
Por Carta Imperial, foi nomeado Presidente das Províncias do Grão-Pará/PA2, Alagoas/AL e Espírito Santo/ES. Em Grão-Pará exerceu a função de 22 de fevereiro de 1832 a 4 de dezembro de 1833. Em Alagoas presidiu de 14 de dezembro de 1834 até 14 de maio de 1835. Na do Espírito Santo permaneceu de 15 de outubro de 1840 a 27 de abril de 1841.
Presidente da Província de Santa Catarina (nomeado em 12 de outubro de 1836), governou de 24 de janeiro a 14 de outubro de 1837, substituindo Francisco Luís do Livramento, Presidente interino. Transmitiu o cargo para João Carlos Pardal.
Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina à 3ª Legislatura (1840-1841).
Foi encarregado dos Negócios do Brasil e Cônsul Geral junto às Repúblicas do Peru e da Bolívia, a partir de 20 de abril de 1843.
Foi reformado Brigadeiro, por carta patente, datada de 23 de fevereiro de 1843.
Presidiu à Câmara Municipal de São Paulo durante o mandato de Vereador (1849-1852).
Foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), em 1840.
Com seu filho Brasílio, fundou a Academia Paulista de Letras, sendo Brasílio o 1º Presidente e Joaquim, ocupando a Cadeira no 1 da instituição.
Autor de inúmeros trabalhos, principalmente históricos, com destaque aos estudos etnográficos sobre os indígenas que o levaram a ser nomeado o primeiro Diretor Geral dos Índios da Província de São Paulo, em 14 de março de 1846.
Teve participação produtiva em diversas áreas em São Paulo: notável colaborador do Jornal Ypiranga, periódico veiculado entre os anos de 1849 e 1854; atuou na Diretoria Geral das Terras Públicas na Província (nomeado a 21 de fevereiro de 1856); Presidente da Sociedade Auxiliadora da Agricultura, Comércio e Artes (1857); integrou a Comissão da Sociedade “Independência” (1857); e membro da Irmandade de São Jorge (1862).
Faleceu em 16 de agosto de 1867, em São Paulo/SP, e foi sepultado no Cemitério da Consolação.
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