Luís Nunes Pires

Nasceu em 17 de maio de 1868, em Desterro/SC. Filho de Maria José da Costa Nunes Pires e de Cristóvão Nunes Pires. Seu pai foi Deputado na Assembleia Legislativa Provincial, membro da Junta Governativa de 1891 e Presidente Interino de Santa Catarina (denominação atual "Governador").

Em 1885, Luís foi para o Rio de Janeiro/RJ, com mais alguns amigos naturais de Desterro, para se alistarem no Exército.

Casou com Heloísa Ewerard Nunes Pires e tiveram os filhos: Luiz, Paulo, Carlos e Heloísa.

No ano de 1888, assumiu como Ajudante e Secretário Particular de Antônio Silva Jardim - advogado, jornalista, defensor e propagador das ideias republicanas e um dos maiores responsáveis para o movimento abolicionista e republicano em São Paulo/SP, Minas Gerais/MG e, principalmente, no Rio de Janeiro.

Na Bahia/BA, quando proferia conferência em prol do movimento abolicionista e republicano, Luís foi ferido em combate entre os republicanos baianos e as forças do governo, na Ladeira do Taboão. Em Pernambuco/PE, junto de Silva Jardim, quando divulgavam suas ideias e ideais, Luís novamente saiu ferido.

Com maior autonomia, sozinho começou fazer conferências republicanas no Rio de Janeiro, em Nazareth e Pão d’Alho, e no Ceará.

Após a Proclamação da República (15 de novembro de 1889), passou a se dedicar às atividades nos Correios, onde foi: Administrador em Vitória/ES, Porto Alegre/RS e no Rio de Janeiro. Mais tarde, alcançou posto mais elevado na instituição, tendo inclusive, fiscalizado administrações de agências, como a de Florianópolis/SC (antiga Desterro), no ano de 1901.

Retornou à Santa Catarina, concorreu a cargo no Congresso Representativo, pelo Partido Republicano Federalista, eleito com 3.825 votos, tomou posse para a 1ª Legislatura (1892-1893), foi Deputado Constituinte de 1892 e 1^o Secretário desta. Renunciou ao mandato ordinário para ocupar outro cargo.

Nomeado Secretário do Vice-Interventor do Estado de Santa Catarina, Eliseu Guilherme da Silva, em 1893, porém, foi exonerado por Floriano Peixoto, considerado traidor da República Brasileira por ter militado na Revolução Federalista (1893-1895).

Posteriormente, nomeado no mesmo cargo, o governo ofereceu o ressarcimento de seis anos de salários relativos à função, uma compensação que Luís não aceitou.

Faleceu em 7 de outubro de 1923, no Rio de Janeiro/RJ.