Advogado, Juiz de Direito, Desembargador e escritor, natural de Estância/SE, Presidente interino da Província, Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina e na Assembleia Geral do Império representando os catarinenses, século XIX.
Filiação José Antônio da Fonseca Galvão e Mariana Clementina de Vasconcelos Galvão |
Nascimento 25/12/1837 |
Local de nascimento Estância/SE |
Falecimento 23/02/1916 |
Local de falecimento Recife/PE |
Formação Direito |
Profissão Advogado, Juiz de Direito, Desembargador e escritor |
Partido Partido Conservador |
Nasceu em 25 de dezembro de 1837, em Estância/SE. Filho de José Antônio da Fonseca Galvão e Mariana Clementina de Vasconcelos Galvão. Dois de seus irmãos foram Marechais e Barões, Rufino Enéias Gustavo Galvão1, Barão de Maracaju, e Antônio Enéias Gustavo Galvão2, Barão de Rio Apa.
Casou com Maria Carolina Rombo Galvão e tiveram os filhos: Maria Carolina, Elisa, Victor, Felismina, Mercedes, João, Manuel Victor, Luiza da Glória, José, Maria Madalena, Marieta, Olinda de Araújo e Mariana, todos "Fonseca Galvão".
Manuel cursou Direito na Faculdade de São Paulo/SP, onde se bacharelou em 1858. A partir desse ano começou a exercer a advocacia em Desterro/SC (atual Florianópolis), onde seus pais residiam. Assumiu como Promotor Público da Comarca de Laguna/SC, em 16 de março de 1859.
Voltou para São Paulo e, na cidade de Jacareí, assumiu como Juiz Municipal (1860). Depois foi Juiz de Direito nas Províncias de São Paulo e Rio de Janeiro/RJ.
Retornou para Santa Catarina e, nomeado a 3 de novembro de 1869, tomou posse como Juiz de Direito de Lages/SC, em 1º de fevereiro de 1870.
Era 1º Vice-Presidente da Província de Santa Catarina, nomeado por carta imperial, assumiu como Presidente interino de 22 de novembro de 1869 a 3 de janeiro de 1870, substituindo o Vice-Presidente, Joaquim Xavier Neves, e transmitiu o cargo para André Cordeiro de Araújo Lima, novo Presidente nomeado.
Entregou o governo com péssimas notícias sobre o Colégio do Santíssimo Salvador, informando que não cumpria os objetivos da instituição. Em toda a província catarinense, havia queixas e campanhas contra as ações dos padres jesuítas, por isso o Presidente André nomeou uma Comissão para investigar o que realmente estava ocorrendo e produzir um Dossiê. Desenrolado o assunto, o Presidente cortou o auxílio monetário aos jesuítas, fechando o referido Colégio em 21 de março de 1870.
Manuel reassumiu interinamente a Presidência da Província de Santa Catarina mais duas vezes:
Deixou a cidade de Desterro com destino ao Rio de Janeiro, para assumir vaga de Deputado à Assembléia Geral do Império pela Província de Santa Catarina (hoje Deputado Federal), integrando a 14ª Legislatura (1869-1872), tomou posse em 19 de abril de 1869.
Eleito Deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, participou da 18ª Legislatura (1870-1871), nesse tempo era comum ser eleito em mais de um cargo eletivo, e foi eleito Presidente da Assembleia para o biênio.
Assumiu o cargo de Juiz de Direito da Comarca de Laguna e permaneceu na função de 15 de dezembro de 1871 até o ano de 1886, intercalada por ocupação em outros cargos.
Por carta Imperial, foi nomeado Presidente da Província de Sergipe/SE e governou-a de 1º de janeiro a 1º de maio de 1873.
Transferiu-se para a Província do Rio de Janeiro, em 1887, para ser Juiz em São Fidelis e Itaguaí.
Em 1890, foi Desembargador da Relação de Mato Grosso, e depois removido para Desembargador da Relação de Pernambuco/PE, nomeado em 10 de dezembro de 1890, exercendo de 29 de agosto de 1890 até o ano de 1897, quando o cargo foi extinto e criado o Superior Tribunal de Justiça do Estado, no qual foi Presidente, de 1897 até sua aposentadoria, em 1902.
Autor de vários trabalhos, entre eles, “Notas Geográficas e Históricas sobre Laguna”.
Faleceu em 23 de fevereiro de 1916, em Recife/PE, em uma casa que ganhou da população para residir, como agradecimento.
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Memória Política de Santa Catarina (2023)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2023)