Advogado, redator, professor e escritor, natural de Desterro/SC, Presidente de quatro províncias brasileiras, Ministro de Estado das Relações Exteriores e quatro vezes Deputado na Assembleia Geral do Império, pela Província de Santa Catarina, século XIX.
Filiação José Silveira de Sousa e de Ana Casemira de Azevedo Veiga |
Nascimento 04/02/1824 |
Local de nascimento Desterro/SC |
Falecimento 11/12/1906 |
Local de falecimento Cabo de Santo Agostinho/PE |
Formação Direito |
Profissão Advogado, redator, professor e escritor |
Partido Partido Liberal |
Nasceu em Desterro/SC (atual Florianópolis), em 4 de fevereiro de 1824. Filho de José Silveira de Sousa e de Ana Casemira de Azevedo Veiga.
Seu pai foi Deputado na Assembleia Legislativa Provincial catarinense, entre os anos de 1835 e 1859. Seu irmão, José Silveira de Sousa Júnior, foi Deputado na mesma Assembleia, 1858-1859, como suplente convocado.
João realizou os estudos primários e os de humanidades no Colégio dos Jesuítas, na terra natal (1840). Foi para São Paulo/SP, onde ficou de 1845 a 1849, e se formou na Faculdade de Direito de São Paulo.
Escreveu o livro de poemas Minhas Canções (1849), entre outros na área do direito.
Em 1850, tornou-se Procurador-Geral da Fazenda em Santa Catarina.
Exerceu a advocacia antes de se mudar para Pernambuco/PE (1851), com a esposa e o sogro.
Em 1852, era Oficial-Maior do Tribunal do Comércio em Pernambuco e redator do jornal Diário de Pernambuco.
Casou com Eugênia Amorim do Vale e deixaram descendentes. Ela era filha de Severo Amorim do Vale, Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina entre os anos de 1835 e 1849, e Presidente Interino da Província catarinense duas vezes (26 de dezembro de 1848 a 6 de março de 1849 e de 30 de novembro de 1849 a 24 de janeiro de 1850).
De 1853 a 1855, João foi Secretário do Governo da Província do Pará/PA.
Presidiu as Províncias: do Ceará/CE (27 de julho de 1857 a 15 de setembro de 1859); do Maranhão/MA (1859 a março de 1861), de Pernambuco (de outubro de 1862 a 1864); e do Pará (de agosto de 1884 a junho de 1885). Nomeado para presidir a Província da Bahia/BA (1867), porém, renunciou e assumiu a Inspetoria da Alfândega do Rio de Janeiro/RJ, por cinco meses.
Em Pernambuco, foi professor da Faculdade de Direito do Recife, onde lecionava Direito Internacional Privado.
Representando a Província de Santa Catarina, foi Deputado à Assembleia Geral do Império na: 12ª Legislatura (1864-1866); 13ª Legislatura (1867-1868); 17ª Legislatura (1878-1881); e 21ª Legislatura (1890-1891), a sessão preparatória ocorreu de 02/11/1889 a 15/11/1889, sem instalação, por causa da Proclamação da República.
Na Câmara, defendeu os direitos de Santa Catarina sobre o território pretendido e disputado pela Província do Paraná/PR1.
De 11 de abril a 16 de julho de 1868, assumiu como Ministro de Estado das Relações Exteriores.
Dirigiu o Banco Franco-Brasileiro, de 1889 a março de 1896.
Faleceu em 11 de dezembro de 1906, em Cabo de Santo Agostinho/PE.
1 “O nascedouro do litígio surge na indefinição limítrofe provincial de São Paulo com Santa Catarina. Com a Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul - 1835 a 1845), o governo imperial rompe a relação dos liberais gaúchos com os liberais paulistas criando uma nova província em 1853 - Paraná -, sem a definição de limites precisos: ‘“Esta é a raiz mais antiga da contestação de terras pelos estados do Paraná e de Santa Catarina”” (SANTOS, 2009, p.22).
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Memória Política de Santa Catarina (2023)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2023)