Jornalista, escritor e professor, natural de Tubarão/SC. Deputado Constituinte de 1935, século XX.
Filiação Maria Antônia Antunes Barreiros e Francisco Gonçalves da Silva Barreiros |
Nascimento 28/09/1891 |
Local de nascimento Tubarão/SC |
Falecimento 04/10/1977 |
Local de falecimento Florianópolis/SC |
Formação Ciências e Letras |
Profissão Jornalista, escritor e professor |
Partido Partido Liberal Catarinense (PLC) |
Nasceu no dia 28 de setembro de 1891, em Tubarão/SC. Filho de Maria Antônia Antunes Barreiros e de Francisco Gonçalves da Silva Barreiros.
Seu pai, foi Deputado na Assembleia Legislativa Provincial, Constituinte de 1892 e Deputado no Congresso Representativo de Santa Catarina, e o tio, Antônio Gonçalves da Silva Barreiros, também na Deputado na mesma Assembleia. Ambos, exerceram mandato juntos ( 27ª Legislatura).
Casou com Altamira da Silva Flores e tiveram os filhos: Maria, Américo e Neusa. A esposa era irmã de Altino Flores (escritor, jornalista, professor e membro fundador da Academia Catarinense de Letras).
Em 1907, iniciou os estudos no Colégio Latino-Americano, no Rio de Janeiro/RJ. Em 1908, matriculou-se no Colégio Catarinense, em Florianópolis/SC, onde se bacharelou em Ciências e Letras, em 1911.
A carreira jornalística começou em 1912, trabalhando no Jornal Argos. Mesmo ano em que ingressou no Mackenzie College, para cursar Engenharia, porém não concluiu a formação por motivos de saúde. Em 1915, passou a escrever para a seção de crônicas intitulada “Os Dias”, do jornal A Semana.
Prestou concurso público para vaga de professor de Língua e Literatura Vernáculas e foi aprovado, sendo nomeado professor da Escola Normal Catarinense, em 1º de agosto de 1916. Dirigiu-a em 1918 e mais duas vezes até o ano de 1929.
Em 1920, foi empossado sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e publicou sua crônica Os Dias na revista Terra.
Em 1924, contribuiu para transformar a Sociedade Catarinense de Letras (era membro fundador) em Academia Catarinense de Letras, fundador da Cadeira No 24, foi consagrado grande orador, recebendo o prêmio Tito Carvalho da Academia.
Nomeado Diretor da Instrução Pública do Estado, em 1930, e, dois anos depois, assumiu a função de Secretário Particular de Ptolomeu de Assis Brasil, Interventor em Santa Catarina, nomeado pelo governo federal, que administrou de 25 de outubro de 1930 a 26 de outubro de 1932.
Nas eleições de 14 de outubro de 1934, pelo PLC, eleito com 35.757 votos, tornou-se Deputado Constituinte catarinense de 1935, para a 1ª Legislatura (1935-1937), tendo sido 1º Secretário da Assembleia Constituinte. Porém, em novembro de 1937, instalou-se no país o regime ditatorial que transferiu ao Governo Central o poder de intervir nos estados e municípios.
Em 1944, Francisco passou a lecionar Português e Francês na Academia do Comércio de Santa Catarina e, em 1946, dirigiu o jornal O Estado.
De 1947 a 1951, foi Secretário Civil de Aderbal Ramos da Silva, Governador de Santa Catarina eleito por sufrágio universal, e de José Boabaid, que assumiu interinamente o governo do Estado em substituição ao titular (licenciado para tratamento de saúde no exterior), e permaneceu no exercício do cargo duas vezes: de 20 de janeiro a 23 de fevereiro de 1948 e de 3 de junho de 1948 a 31 de dezembro de 1949.
Designado Inspetor Geral do Ensino Normal do Estado e escolhido Diretor da Revista da Academia Catarinense de Letras, em 1951. Fundador da Cadeira Nº 24 da mesma Academia.
Assessorou tecnicamente os Governadores eleitos Celso Ramos (mandato de 31 de janeiro de 1961 a 31 de janeiro de 1966) e Ivo Silveira (de 31 de janeiro de 1966 a 15 de março de 1971).
Faleceu no dia 4 de outubro de 1977, em Florianópolis/SC.
Biblioteca Pública Municipal Professor Barreiros Filho - Fundada em 10 de setembro de 1956, pela Lei Municipal Nº 238, funcionava no bairro Estreito. Após 1988, mudou para o bairro de Fátima, Florianópolis/SC.
A crônica reflete a preocupação sobre o destino dos homens na escala social:
Olhava eu para uma pintura em frente que desenhava um morro, a ladeira e a “Igreja do Menino Deus”, quando, virando-me de posição deparo à distância de 3 metros, na outra parede, com uma paisagem que me prendeu a atenção.
Contemplando-a extasiado esqueci-me do café: era encantadora a vista. Representava um lugar da nossa “Ilha” que eu conheço , que todos conhecemos, e que de fato é uma beleza natural. É, uma parte da nossa “Ilha” beirando o mar e abrangendo a praia e o morro da “Arataca” adiante da “Rita Maria.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SANTA CATARINA. Centro de Memória. Arquivos das Legislaturas: de 1835 a 2018.
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Memória Política de Santa Catarina (2022)
(MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA, 2022)