Fúlvio Aducci

Nasceu em 8 de fevereiro de 1884, em Desterro/SC, hoje Florianópolis. Filho de Alexandre Magno Aducci e de Hortência Augusta Livramento.

Seu pai era conferente da Alfândega em Desterro que, a partir de 1894, passou à denominação de Florianópolis. Seu avô materno, Joaquim Augusto do Livramento, foi Presidente da Província de Santa Catarina (atual cargo de Governador), casado com Dulce Pórcia de Albuquerque Cavalcanti, filha de Cândida Rosa de Melo e de José Mariano de Albuquerque Cavalcanti, que presidiu a mesma província que Joaquim, entre outros importantes postos. 

Sua irmã, Iraci Aducci, casou com Raul Oscar Wendhausen, irmão do Deputado Estadual Carlos Vítor Wendhausen, que tiveram o pai, André Wendhausen, e tios parlamentares catarinenses.

Casou com Alaide Pereira Alvim Aducci e não tiveram filhos. Sua esposa era irmã de Lacinia, casada com Felipe Schmidt, que governou Santa Catarina duas vezes e foi Senador.

Fúlvio bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1908.

Foi Promotor Público nas Comarcas de Palhoça/SC (1911) e de Florianópolis.

Pelo Partido Republicano Catarinense (PRC), elegeu-se cinco vezes Deputado Estadual ao Congresso Representativo de Santa Catarina (Assembleia Legislativa) para as seguintes Legislaturas:

• 8ª Legislatura (1910-1912), foi Deputado Constituinte de 1910;
• 9ª Legislatura (1913-1915), ocupou a função de Suplente de Secretário da Mesa Diretora até renunciar em 1915;
• 11ª Legislatura (1919-1921);
• 12ª Legislatura (1922-1924);
• 13ª Legislatura (1925-1927), tomou posse e renunciou para exercer função municipal.

Exerceu o cargo de Secretário-Geral do governo catarinense de Felipe Schmidt, que governou de 1914 a 1918.

Foi nomeado Superintendente Municipal de Florianópolis (atual cargo de Prefeito), exerceu de 26 de outubro de 1924 a 23 de agosto de 1926.

Foi Secretário de Estado do Interior e Justiça, de 28/09/1926 a 22/11/1926, no governo de Adolfo Konder.

Pelo PRC, foi eleito duas vezes Deputado Federal por Santa Catarina e participou da 34ª Legislatura (1927-1929), empossado em 2 de maio de 1927, e da 35ª Legislatura (1930), tomou posse em 5 de maio de 1930, porém renunciou para assumir posto no Executivo  Estadual.

No último governo catarinense da República Velha, Fúlvio Aducci foi eleito Governador de Santa Catarina, sendo Vice-Governador José Acácio Soares Moreira, para mandato de 1930 a 1934. Porém, com a Revolução de 1930, ocorreu a deposição de Fúlvio Aducci, em 24 de outubro de 1930, menos de um mês após sua posse, ocorrida em 28 de setembro de 1930. Com Acácio Moreira, os secretários Ivo d'Aquino Fonseca e Artur Ferreira da Costa, o Senador Adolfo Konder e o Presidente da Assembleia Legislativa, Antônio Vicente Bulcão Viana, embarcou em um navio, no trapiche da Praia de Fora, com destino ao Rio de Janeiro/RJ. Assumiu provisoriamente a Junta Governativa de 1930, composta pelos militares Acastro Jorge de Campos, Henrique Melquíades Cavalcanti e Otávio Valga Neves, entregando poucas horas depois a administração do Estado ao Interventor nomeado pelo Governo Federal, Ptolomeu de Assis Brasil.

Voltou a advogar e, entre as causas defendidas, está a dos direitos do município de Palhoça quanto aos limites territoriais com o município de São José, que somente foi resolvida em 12 de agosto de 1920.

Ocupou outras funções no Estado catarinense: Inspetor do Instituto Politécnico; Diretor da Caixa Econômica Federal (depois de 1945); Presidente do Instituto dos Advogados e Professor da Faculdade de Direito de Santa Catarina, que hoje integra a Universidade Federal, dirigiu-a e foi um de seus fundadores.

Escreveu para revistas e jornais (entre eles, o Diário da Tarde) e deixou considerável produção, que o levou a ser membro da Academia Catarinense de Letras, fundador da Cadeira n^o 20, e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.

Faleceu em 8 de agosto de 1955, em Florianópolis/SC.

Homenagens

• Rua Fúlvio Aducci, Estreito, Florianópolis/SC.
• Rua Fúlvio Aducci, Copacabana, Lages/SC.

Imagens