Militar e engenheiro, natural de Desterro/SC. Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, na Assembleia Geral Legislativa do Império e Presidente da Província do Ceará/CE, século XIX.
Filiação Miguel de Sousa Melo e Alvim e de Mauricia Elisa de Melo e Alvim |
Nascimento 06/10/1823 |
Local de nascimento Desterro/SC |
Falecimento 14/04/1885 |
Local de falecimento Rio de Janeiro/RJ |
Formação Militar e Engenheiro |
Partido Partido Liberal |
Nasceu em 6 de outubro de 1823, em Desterro/SC (atual Florianópolis). Filho de Miguel de Sousa Melo e Alvim e de Mauricia Elisa de Melo e Alvim. Seu pai, militar português, Chefe de Esquadra, ocupou funções estratégicas no Brasil: Conselheiro do Império, Conselheiro Geral da Província catarinense, Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, por quatro vezes, e Presidente das Províncias catarinense e paulista, entre os anos de 1824 a 1843, entre outros cargos.
Seu irmão, Júlio Henrique de Melo e Alvim, foi Deputado na Assembleia Provincial catarinense, nos anos de 1858 e 1859. Seu tio, por parte de pai, Francisco Cordeiro Torres e Alvim, Barão de Iguatemi, participou de batalhas importantes e chegou a Almirante no Brasil.
João de Sousa Melo e Alvim realizou os estudos primários em Desterro. Em 5 de março de 1839, matriculou-se na Academia Militar do Rio de Janeiro/RJ. Em 18 de julho de 1841, tornou-se Alferes-Aluno. Quando terminou o curso foi reconhecido bacharel em Matemática. Foi promovido a 2º Tenente de Engenharia (11 de setembro de 1843) e a 1º Tenente, em 6 de maio de 1845.
Casou com Tomásia Isabel de Almeida Melo e Alvim e tiveram os filhos: Elvira, Júlia, Artur e Maria, nascidos em Desterro. Tomásia era filha de Ricardo José de Almeida e de Maria Joaquina de Almeida.
Na Província catarinense, João foi destacado para trabalhar no Arquivo Militar (1846) e, em seguida, no Corpo de Engenheiros, nesse último se empenhou na formação e colonização da Colônia Piedade.
Filiado ao Partido Liberal, candidatou-se à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina e, eleito Deputado, integrou a 7ª Legislatura (1848-1849).
Recebeu as seguintes promoções durante a carreira: Capitão graduado (em 27 de agosto de 1848); Capitão efetivo (13 de junho de 1853), por merecimento; Major (2 de dezembro de 1856); Tenente-Coronel (22 de novembro de 1866) e Coronel (11 de novembro de 1874).
Demarcou a Colônia Militar Santa Teresa (hoje Catuíra, Alfredo Wagner/SC), e dirigiu-a de 17 de fevereiro a 11 de julho de 1854; em 1855, assumiu a direção como interino.
Em 13 de fevereiro de 1856, foi designado Delegado Geral das Terras Públicas em Santa Catarina.
Entre uma atividade e outra, esteve Diretor das Obras Civis e Militares do Ministério da Marinha, em diferentes oportunidades, nos anos de: 1861; 1864; 1867; 1879 e 1881.
Em junho de 1861, foi ajudante do Inspetor do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro/RJ.
Foi Deputado na Assembleia Geral Legislativa do Império, por três vezes: na 12ª Legislatura (1864-1866), 13ª Legislatura (1867-1868), e na 17ª Legislatura (1878-1881).
Presidiu a Província do Ceará, de 5 de novembro de 1866 a 6 de junho de 1867, nomeado por Carta Imperial em 22 de setembro de 1866 e empossado a 6 de novembro desse mesmo ano.
Em Santa Catarina/SC, João elaborou a planta dos Fortes: de Santa Cruz de Anhatomirim; de São José da Ponta Grossa, e da Fortaleza Santa Bárbara e de seus edifícios (1810). Encarregado “de examinar os fortes e estudar a canalização das águas para um chafariz", em 1848. “Dirigiu a construção de carretas para os canhões da fortaleza de Santana”. Ainda dirigiu as “obras do Lazareto dos Ratones, situado na baía norte (ilha localizada entre a parte insular de Florianópolis e o continente, e que também é uma fortaleza), em frente à Biguaçu, donde se transportava em lancha baleeira para a dita ilha". (BOITEUX, 1942, pp. 88, 89, 92, 94, 95). A fortaleza além de servir para a defesa, recebia doentes com moléstias epidêmicas e contagiosas, nos denominados “lazaretos”, que eram edificações próprias para as quarentenas, isoladas para desinfetar pessoas e objetos.
Foi o responsável por introduzir o espaço que se tornou a primeira a Biblioteca Pública do Estado, denominada de Governador Menezes Pimentel (BPGMP), do Ceará/CE, fundada a 25 de março de 1867.
Membro Adjunto do Conselho Naval, em 4 de dezembro de 1872.
Em 1880, o governo brasileiro solicitou às Forças Armadas o início de obras no Farol das Rocas1 – que foram comandadas pelo Coronel Engenheiro João de Souza Melo Alvim e pelo Capitão-Tenente Engenheiro Honório José Maria da Conceição Júnior. No início de 1883, a obra foi inaugurada.
Faleceu em 14 de abril de 1885, no Rio de Janeiro/RJ.
1 “Uma estrutura simples, com uma luz montada em um mastro de madeira com 14 metros de altura”, localizado no Atol das Rocas, ilha do Farol, a cerca de 240 km a nordeste do cabo de São Roque, ambos no estado do Rio Grande do Norte. (TOK DE HISTÓRIA, 2014)
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