Militar e Agrimensor, natural de Desterro/SC, Vereador em Joinville/SC e três vezes Deputado Estadual no Parlamento Catarinense, final do século XIX e início do XX.
Filiação José de Sousa Lobo e Ana Bernardina da Silva França Lobo |
Nascimento 26/06/1840 |
Local de nascimento Desterro/SC |
Falecimento 21/02/1905 |
Local de falecimento Joinville/SC |
Formação Agrimensura e Militar |
Profissão Militar e Agrimensor |
Partido Partido Republicano Catarinense (PRC) |
Nasceu em 26 de junho de 1840, na cidade de Desterro/SC (hoje Florianópolis). Filho de José de Sousa Lobo e de Ana Bernardina da Silva França Lobo. Sua mãe era filha de Isabel Rosa de Jesus Proença (ou Pureza) e de Francisco da Silva França (três vezes Deputado na Assembleia Legislativa catarinense).
Se formou em Agrimensura no Colégio Militar do Rio de Janeiro/RJ.
Casou duas vezes. O primeiro matrimônio foi com Adelaide Flora Caldeira de Andrada Lobo e tiveram treze filhos. O segundo casamento foi com Teresa Gertrudes de Sousa Lobo.
Em 1865, aos seus 25 anos, recebeu a patente de Alferes e serviu na 1ª Cia. do 1º Corpo de Cavalaria do Desterro. Em 1873, chegou a Capitão e Comandou a Cia. de Reserva da Guarda Nacional de Joinville/SC, onde residia desde 1872.
Diretor Adjunto da “Estrada Dona Francisca” 1, nomeado em 1891, que liga atualmente as cidades de Joinville e São Bento do Sul/SC.
Deputado eleito duas vezes no período provincial à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, participou da 17ª Legislatura (1868-1869) e da 23ª Legislatura (1880-1881). Na Primeira República foi Deputado ao Congresso Representativo de Santa Catarina na 4ª Legislatura (1898-1900).
Em 1886, ingressou no Partido Republicano e foi eleito Vereador à Câmara Joinville, o que se repetiu em 1895, nesse mandato exerceu a Presidência da Casa.
Ainda em Joinville desempenhou as funções de: advogado provisionado (não formado, mas com licença para exercer); Juiz de Direito (1º Suplente), de 1880-1891; e Comissário de Polícia (1894).
Em 1896 foi nomeado Juiz Comissário de Joinville e de São Bento do Sul, responsável pelas medições de terras que dariam a legitimação e revalidação das posses das Sesmarias.
Faleceu em 21 de fevereiro de 1905, em Joinville/SC.
A partir de Pedro José de Sousa Lobo a família foi adquirindo poder político em Santa Catarina, especialmente em Joinville e região.
A esposa, Adelaide Flora Caldeira de Andrada Lobo, era filha de José Bonifácio Caldeira de Andrada, comerciante, militar e nove vezes Deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, entre os anos de 1842 a 1870.
Seu irmão, Joaquim de Sousa Lobo, foi militar e duas vezes Deputado na Assembleia Legislativa Catarinense, entre os anos de 1880 e 1885.
Seus filhos, Marinho de Sousa Lobo (casado com América, filha de Abdon Batista) e Mário de Sousa Lobo, também foram Deputados na mesma Assembleia.
Sua filha, Alexina de Sousa Lobo, casou com Alfredo Nóbrega de Oliveira, cunhado de Abdon Batista e sócios em indústria e comércio de erva-mate, ambos foram Deputados na Assembleia Legislativa Catarinense.
Seu neto, Rodrigo de Oliveira Lobo, filho de Mário de Sousa Lobo e de Teresa de Oliveira Lobo, foi Senador da República representando os catarinenses (suplente convocado), de 1955 a 1958, e Deputado na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, de 1963 a 1967.
1 “A Rua Dona Francisca começa no centro de Joinville e atravessa a cidade em direção a serra. Além do perímetro urbano, corta também o distrito industrial, o distrito de Pirabeiraba, a BR-101 e segue até o município de Rio Negro, passando por Campo Alegre, São Bento do Sul, Rio Negrinho e Mafra. A rua passou a ser chamada de Estrada Dona Francisca a partir da BR-101 e presenteia os viajantes e moradores com a exuberância da mata atlântica que cobre toda a região” (Prefeitura de São Bento do Sul).
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Memória Política de Santa Catarina (2023)
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