Advogado, empresário e promotor público, natural de Campo Alegre/SC, Prefeito em Joinville/SC, Deputado Estadual no Parlamento Catarinense e Interventor Federal interino, século XX.
Nome completo Plácido Olympio Nóbrega de Oliveira |
Filiação Olímpio Nóbrega de Oliveira e Maria Virgínia Nóbrega de Oliveira |
Nascimento 05/10/1900 |
Local de nascimento Campo Alegre/SC |
Falecimento 09/06/1957 |
Local de falecimento Joinville/SC |
Formação Direito |
Profissão Advogado, empresário e promotor público |
Partido Partido Liberal Catarinense (PLC) e União Democrática Nacional (UDN) |
Nasceu em 5 de outubro de 1900, em Campo Alegre/SC (município emancipado de São Bento do Sul em 1897). Filho de Maria Virgínia Nóbrega de Oliveira e de Olímpio Nóbrega de Oliveira.
Seu pai trabalhou no beneficiamento e comercialização de erva-mate, além de manter sociedade com empresários em outros ramos de atividades e de ter contribuído muito com o desenvolvimento de Joinville/SC e da região norte catarinense.
Sua mãe faleceu oito dias após o seu nascimento, por isso foi criado pela família de Rodrigo Otávio Lobo.
Plácido realizou os estudos primários e depois foi interno do Colégio Catarinense, em Florianópolis/SC, onde concluiu o ginasial, em 1916. Frequentou a Faculdade de Direito do Paraná, mas se formou em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, no ano de 1921.
Depois de formado, assumiu como Promotor Público das Comarcas catarinenses de Mafra, São Francisco do Sul e Joinville (1923-1928).
Na década de 1920, casou com Teresa Paula Schlemm de Oliveira, com quem teve Ruy Olímpio de Oliveira, Sérgio e Léa Teresa de Oliveira Schoen. A esposa era filha do ex-sócio de seu pai, Alexandre Schlemm.
Exerceu a advocacia e participou ativamente da vida pública, presidiu a Aliança Liberal (1929-1930), em Joinville, e liderou durante a Revolução de 1930, em São Francisco do Sul, Joinville e Parati (atual município de Araquari).
Foi Prefeito Municipal de Joinville, de 1930 a 1933. No seu governo, propôs uma medida polêmica: por Resolução Municipal 29/1932, todos os prédios (casas ou terrenos) que estivessem ligados à rede de abastecimento municipal deveriam instalar um hidrômetro (fornecido gratuitamente pela Prefeitura), para medir e possibilitar a cobrança do uso da água, sendo que a manutenção do equipamento ficava sob a responsabilidade dos proprietários dos imóveis.
Comandou a Secretaria de Estado do Interior e Justiça, de 19 de abril de 1932 a 29 de abril de 1935, integrou a Diretoria Central do Partido Liberal Catarinense (1933) e foi Inspetor de Ensino do Ministério da Educação e Cultura.
Algumas vezes assumiu como Interventor Federal interino em Santa Catarina, pois era um dos suplentes do Interventor titular, Aristiliano Ramos.
Pelo Partido Liberal Catarinense, foi eleito Deputado Estadual à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, com 35.583 votos, e participou da 1ª Legislatura (1935-1937), até novembro de 1937, quando os Legislativos brasileiros foram fechados.
Teve outros parentes que exerceram funções políticas: Procópio Gomes de Oliveira; Plácido Gomes de Oliveira, filho de Procópio; e Carlos Gomes de Oliveira, entre outros.
Pela União Democrática Nacional (UDN), concorreu duas vezes por Santa Catarina: nas eleições de 1945, a Deputado Federal, recebeu 5.907 votos, ficou Suplente e não foi convocado; em 1947, a Senador, recebeu 62.568 votos e não se elegeu.
No ano de 1948, foi eleito Vereador à Câmara Municipal de Joinville e exerceu mandato até 1950.
Pela UDN, foi eleito Deputado Federal por Santa Catarina, com 12.987 votos, para a 39ª Legislatura (1951-1954). Tomou posse em 28 de março de 1951 e cumpriu o mandato.
Como parlamentar federal, participou do projeto de criação do Museu Nacional de Imigração e Colonização, no Rio de Janeiro, em 1953; posicionou-se contra o fim do Instituto Nacional do Mate (apoiava sua reformulação e não sua extinção pois sua família era ervateira); e defendeu a criação do Fundo Nacional de Eletrificação (1953), para resolver questões referentes à energia elétrica no país.
Além da atividade política, dedicou-se aos empreendimentos privados familiares, sendo Presidente da Empresa de Eletricidade Alexandre Schlemm (de seu sogro) e Diretor da Empresa Sul Catarinense de Eletricidade (EMPRESUL).
Foi orador da Sociedade Joinvillense Harmonia-Lyra e integrou a Sociedade Amigos de Joinville (SAJ), nesta foi seu 2º Vice-Presidente (1950-1952).
Faleceu em 9 de junho de 1957, em Joinville/SC.
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