Advogado, jornalista, escritor e professor, natural de Joinville/SC. Vereador e Prefeito substituto na terra natal, Deputado Constituinte de 1928, Deputado Estadual no Parlamento Catarinense, Deputado Federal e Senador representando os catarinenses no século XX. Ocupou cargos em instituições públicas estaduais e federais.
Nome completo Carlos Gomes de Oliveira |
Filiação Francisco Gomes de Oliveira e Isabel Vieira Gomes |
Nascimento 12/10/1894 |
Local de nascimento Joinville/SC |
Falecimento 15/08/1997 |
Local de falecimento Joinville/SC |
Formação Direito |
Profissão Advogado |
Partido Partido Liberal Catarinense (PLC) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) |
Nasceu em 12 de outubro de 1894, em Joinville/SC. Filho de Francisco Gomes de Oliveira e de Isabel Vieira Gomes. Seu pai era coronel, foi Conselheiro Municipal de Joinville (atual cargo de Vereador) e Presidente do Conselho.
Carlos iniciou seus estudos no Grupo Escolar Conselheiro Mafra, na terra natal, depois frequentou a Deutsche Schule e concluiu a formação intermediária em 1910, no Ginásio Catarinense, em Florianópolis/SC. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1918.
Casou com Sara Maria Gomes de Oliveira e tiveram três filhos, entre eles, Edmundo Gomes de Oliveira. A esposa era filha de Procópio Gomes de Oliveira, que foi Prefeito em Joinville/SC e Deputado Estadual na Assembleia Legislativa catarinense.
Em Joinville exerceu a advocacia (1919-1933) e o jornalismo. Dirigiu o Jornal de Joinville e, em 1920, fundou o Correio de Joinville, em sociedade com Plácido Gomes de Oliveira, seu primo e cunhado, que mais tarde também foi Deputado no Parlamento catarinense.
Foi preso com Plácido Gomes de Oliveira, em 31 de julho de 1922, por exaltarem em nota os feitos dos 18 do Forte de Copacabana (1922) em jornal da cidade. Plácido e Carlos foram encaminhados a Curitiba e levados para o Rio de Janeiro. Quando voltaram a Joinville, quase um mês depois, foram recebidos como heróis em expressiva manifestação de populares.
Em 1923, trabalhou na Empresa de Luz e Força, de São Francisco do Sul/SC e integrou o Conselho da Empresa Joinville de Eletricidade.
A partir de 1926, foi nomeado Chefe Escolar da região, por Adolfo Konder, Governador do Estado, e buscou recursos para dar melhores condições de estudo aos alunos.
Foi Prefeito Municipal substituto de Joinville, nos meses de setembro e outubro de 1927. No exercício do cargo, assinou medida que reconheceu a Associação Comercial e Industrial de Joinville como entidade de utilidade pública.
Pelo Partido Liberal Catarinense (PLC), elegeu-se Deputado Estadual ao Congresso Representativo de Santa Catarina (Assembleia Legislativa), com 19.925 votos, para a 14ª Legislatura (1928-1930), e foi Deputado Constituinte de 1928. Participou de Comissões importantes, incluindo a que elaborou o Código do Processo do Estado de Santa Catarina.
Em 1929, em Joinville, apoiou a Aliança Liberal, fundou e liderou o movimento chamado “Dissidência Municipal”.
Em maio de 1930, reelegeu-se Deputado Estadual, porém, com a dissolução dos Legislativos no Brasil, os trabalhos parlamentares não foram iniciados.
Em Joinville, foi Inspetor de Ensino Escolar Municipal, sem remuneração (1931), e membro nomeado do Conselho Consultivo de Joinville (1931-1932), atual cargo de Vereador.
No ano de 1932, assumiu como Sub-Chefe de Polícia do Estado.
Pelo PLC, elegeu-se duas vezes Deputado Federal por Santa Catarina e exerceu mandato na 36ª Legislatura (1933-1935) e na 37ª Legislatura (1935-1937). Neste último período, foi Deputado Constituinte de 1935 e conseguiu incluir na Constituição Federal a obrigatoriedade de ministrar o ensino primário em língua portuguesa.
Com outro fechamento do Congresso e dos Legislativos brasileiros, em 10 de novembro de 1937, assumiu como Chefe do Departamento das Municipalidades de Santa Catarina até 1938, nomeado pelo Governador Nereu Ramos.
Lecionou no Colégio Coração de Jesus, em 1938, e na Faculdade de Direito de Santa Catarina, ministrou Direito do Trabalho e Processo Civil, ambos em Florianópolis.
Dirigiu o Instituto Nacional do Mate (1938-1945), convidado pelo Presidente Getúlio Vargas, foi Secretário Estadual de Interior, Justiça e Educação em Santa Catarina (24/12/1945 a 16/07/1946), e Diretor da Consultoria Jurídica do Estado (1945).
Pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi eleito Senador por Santa Catarina para duas legislaturas consecutivas:
Como parlamentar federal, participou de delegação brasileira na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e pronunciou mais de 400 discursos no Senado, sobre temáticas variadas, entre elas, ensino, trabalhismo e relações trabalhistas.
Em 1958, tentou a reeleição de Senador, recebeu 55.556 votos, mas não foi eleito, e, em 1960, concorreu a Vice-Governador de Santa Catarina, com 215.598 votos, foi vencido por Armindo Marcílio Doutel de Andrade, sendo Celso Ramos eleito Governador.
Produziu várias obras, integrou a Academia Catarinense de Letras, ocupou a Cadeira número 8, a partir de 1970, e foi sócio emérito do Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina desde 1929.
Faleceu em 15 de agosto de 1997, em Joinville/SC.
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