Assim como em outros países da América Latina, a pretexto de combater o comunismo no Brasil, os militares deram um golpe em 1964 para privilegiar interesses de grupos civis, golpe que duraria mais de 20 anos de repressão e violência. A ditadura cassou os direitos políticos de três presidentes da República anteriores ao regime, seis governadores estaduais, dois senadores, 63 deputados federais, cerca de 300 deputados estaduais e vereadores, mandou para a reserva 77 oficiais do exército, 14 da marinha e 31 da aeronáutica, expurgou 24 dos 91 generais, exonerou cerca de dez mil funcionários públicos, 70% das confederações e sindicatos com mais de 5 mil trabalhadores foram fechados e foram abertas cinco mil investigações, atingindo quarenta mil pessoas. Ainda que a tortura tenha feito parte de todo o período ditatorial, depois do Ato Institucional n. 5 (AI-5), do final de 1968, ela se tornou muito pior, muito mais institucionalizada, violenta e rotineira. Os efeitos sobre aqueles que estiveram nos porões da ditadura nunca serão totalmente conhecidos. Santa Catarina não ficou imune ao processo ditatorial. Além do estabelecimento de governos municipais formados por apoiadores do regime, o estado teve participação efetiva em dois grandes momentos da resistência à ditadura: a Operação Barriga Verde e a Novembrada.

Destaques

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Memória Política de Santa Catarina